A inserção socioprofissional dos jovens egressos da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul no Vale do Rio Pardo, RS : uma contribuição para o desenvolvimento rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pozzebon, Adair
Orientador(a): Marques, Flávia Charão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132950
Resumo: Este estudo teve por objetivo descrever e analisar o processo de elaboração e desenvolvimento do Projeto Profissional do Jovem – PPJ na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC), buscando evidenciar os resultados de sua implantação. Analisou-se também a trajetória dos jovens egressos através de sua inserção socioprofissional e a relação deste processo com o desenvolvimento rural no Vale do Rio Pardo. Associando um levantamento quantitativo por meio de questionário semi-estruturado a uma abordagem qualitativa, foram pesquisadas as duas primeiras turmas formadas na EFASC (2011 e 2012), compreendendo um universo de 66 jovens, todos filhos e filhas de agricultores familiares. Os resultados indicam que o PPJ é o principal meio para discutir, refletir e organizar possibilidades concretas de inserção socioprofissional dos estudantes, uma vez que interliga dialogicamente as aprendizagens desenvolvidas, ressaltando-se em sua concepção duas vertentes: a pedagogia da Alternância e a metodologia por Projetos. Foi possível verificar que a ampla maioria dos projetos foi implantada e que os mesmos continuam ativos, principalmente devido ao envolvimento da família. No que tange à trajetória dos jovens egressos pesquisados, verificou-se que 82% permanecem residindo no campo, a maioria junto aos pais, sendo a taxa de migração inter-regional quase nula. Dentre os que residem no campo, 76% se dedicam à agricultura, alguns combinando atividades fora da propriedade, caracterizando as famílias como pluriativas. Tal estratégia denota a presença de diversificação das fontes de renda. Outro aspecto evidenciado, é que 32% dos jovens prosseguiram os estudos no ensino superior, em sua maioria, em cursos relacionados ao rural e à agricultura. Conclui-se que a formação integral desenvolvida na EFASC vem contribuindo para fortalecer o vínculo identitário do jovem com o meio onde vive, ampliando a percepção das oportunidades de diversificação e geração de renda existente dentro e fora da propriedade, estimulando a inserção social e a articulação com diversas entidades locais e regionais, seja por necessidades produtivas, de diversificação ou de caráter comunitário, cooperativo e solidário.