Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nobre, Glauber Carvalho |
Orientador(a): |
Valentini, Nadia Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172131
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Resumo: |
Introdução: a situação de risco ou vulnerabilidade social pode afetar importantes aspectos do desenvolvimento de crianças e programas de intervenção são imporantes para promover o desenvolvimento de crianças nessa situação. Os objetivos deste estudo foram: investigar o desempenho em habilidades motoras fundamentais (HMF), o estado nutricional, a auto percepção de competência (PC) e o desempenho escolar (DE) de crianças em vulnerabilidade social de acordo com: (1) sexo (2) com a idade; (3) verificar o impacto de uma intervenção com o clima de motivação para a maestria nesssas variáveis e (4) verificar como as associações entre o desempenho motor e escolar, o estado nutricional, a auto percepção de competência, o sexo e a idade nessas crianças se estabelecem a priori e como um programa de intervenção com o clima de motivação para a maestria pode promover alterações nas relações entre essas variáveis. Método: participaram deste estudo 211 crianças em situação de vulnerabilidade social, de ambos os sexos (87 meninas, 41%), com idade entre sete e 10 anos (M=8.3, DP=0.9) provenientes de escolas públicas do Ceará, Brasil. O Test of Gross Motor Development – 2 foi empregado para verificar o desempenho em HMF das crianças. O estado nutricional foi analisado por meio do índice de massa corporal (IMC) para idade. A “Self-Perception Profile for Children" foi utilizada para avaliar a PC. O desempenho de leitura, escrita e aritmética foi avaliado por meio do Teste de Desempenho Escolar. No estudo interventivo, 117 crianças compuseram o grupo de intervenção (IG), 45 meninas, 38,5%) e 94 o grupo de comparação (CG), 65 meninas, 55,6%). A intervenção foi realizada em 36 sessões / 140 minutos cada sessão (60 minutos de atividades acadêmicas, 20 minutos de descanso e lanche e 60 minutos de práticas motoras), três vezes por semana durante 12 semanas A intervenção foi implementada o clima de motivação para a maestria. Resultados: análises multivariadas de covariância (MANCOVA) ajustadas pela idade não mostraram efeito significativo do sexo nas habilidades locomotoras (=0.945 F(6,203)=1.963 p=0.073 ²=0.055). Houve efeito do sexo nas habilidades de controle de objetos (=0.848 F(6,203)=6.052 p<0.001 ²=0.152); sendo observado desempenho superior dos meninos no rebater, no chutar, no arremesso por cima e no rolar. Análises de coraviância não paramétrica de Quade não mostraram diferenças no IMC bruto entre os sexos. A maioria das crianças apresentou peso saúdável (90.8%, meninas e 91.9% meninos). A MANCOVA não mostrou efeito do sexo sobre as dimensões da PC (=0.991 F(6,203)=2.508 p=0.931 ²=0.009). A maioria das crianças reportou percepção moderada. Não houve efeito do sexo no DE (=0.980 F(4,203)=1.058 p=0.378 ²=0.020). Em ambos os sexos, os resultados indicaram desempenho categorizado como inferior (entre 65.3% e 93.5% das crianças). A análise multivariada de variância (MANOVA) mostrou efeito da idade no salto horizontal (entre 9 e 10 anos), na corrida lateral (7 em relação as outras idades), no receber (7 e 10 anos) e no rolar (7 anos em relação a 8 e 10 anos). A maioria das crianças mostrou proficiência pobre. Houve diferenças significativas no IMC na maioria das idades. A MANOVA mostrou efeito da idade no desempenho escolar (DE) com as crianças de 7 demonstrando menor desempenho na escrita comparadas as de 9 e 10 anos. Na aritmética, na leitura e no desempenho escolar geral as crianças de sete anos mostraram menor desempenho em relação as outras idades. Não houve diferenças entre as idades de 8, 9 e 10 anos no DE. A MANOVA não mostrou efeito da idade na PC As crianças reportaram auto percepção moderada. Um percentual elevado de crianças mais jovens mostrou baixo peso para idade. Em todas as idades, a maioria das crianças mostrou desempenho inferior. Sobre o programa de intervenção com o clima de motivação para a maestria, houve impacto significativo no desempenho motor e escolar das crianças. Os resultados não mostram impacto do programa sobre a percepção de conduta comportamental nas crianças mais velha e sobre a autopercepção de aparência física das crianças em geral. Houve aumento significativo e com moderados a altos tamanhos de efeito nas outras dimensões da autopercepção de competência e no autovalor global das crianças. A estrutura das relações entre a maioria das variáveis mostrou similaridade entre o pré e pós intervenção. Mudanças no papel que algumas variáveis exerciam na estrutura das relações também foram observadas. Após o programa de intervenção com o clima de motivação para a maestria. As crianças aumentaram suas competências e as suas percepções e ao final da intervenção, dentre todas as variáveis, as percepções sobre a própria aparência física, sobre a aceitação social e sobre a conduta comportamental passaram a ter um papel mais central na rede. Conclusão: meninos e meninas em vulnerabilidade social mostraram desempenho pobre na maioria das habilidades motoras, auto percepção de competências moderada e desempenho escolar pobre. Os resultados ainda sugerem uma estabilização no desempenho de HMF, na PC, atrasos no DE além de alta prevalência de baixo peso nas crianças mais jovens em situação de vulnerabilidade social A intervenção com o clima de motivação para a maestria repercuteu positivamente no desempenho motor e acadêmico e nas auto percepções da competência das crianças que vivem a vulnerabilidade socioeconômica, reforçando o papel das intervenções que ajudam as crianças a se tornarem mais precisas e a percepção das próprias competências nos diferentes domínios do comportamento humano. o clima de motivação para a maestria causou impacto positivo sobre a maioria das variáveis investigadas reforçando a implementação de estratégias motivacionais efetivas e práticas apropriadas que permitem à criança experiências que respeitem seus recursos e restrições físicas e gerem satisfação, autonomia e motivação para realização. Ainda, no presente estudo, uma vez que as crianças aumentaram suas habilidades e suas percepções de competência talvez elas passaram a ter mais necessidade de utilizar as informações oriundas de parâmetros externos para manterem reforçando positivamente os julgamentos sobre a própria competência. |