Efeito da estimulação neonatal sobre o sistema reprodutor feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Gomes, Cármen Marilei
Orientador(a): Sanvitto, Gilberto Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268125
Resumo: A estimulação neonatal tem sido utilizada há algumas décadas como modelo experimental para examinar os mecanismos pelos quais variações precoces do ambiente do animal afetam o desenvolvimento de sistemas neurais, dando origem a alterações comportamentais e neuroendócrinas estáveis. Em ratos, a estimulação neonatal tipicamente consiste da manipulação dos animais por alguns minutos, em geral durante as duas primeiras semanas de vida. Esse procedimento, aparentemente não nocivo ao indivíduo, tem como conseqüência na vida adulta uma série de alterações comportamentais e endócrinas. Por exemplo, eles têm uma resposta menos acentuada da secreção de glicocorticóides pela supra-renal, quando expostos a estímulos estressares. Outros tipos de estimulação consistem em expor os filhotes ao frio (O°), à luz (60 Watts) e ao som (90 dB). Então, o período imediatamente após o nascimento é um período crítico no qual o sistema nervoso imaturo é alterado pelos hormônios esteróides adrenais e, também, conforme alguns autores por hormônios gonadais. Trabalhos prévios mostraram que o estresse pré-natal e a manipulação neonatal diminuem o comportamento sexual em ratos machos e em fêmeas. Com isso, o objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da estimulação na fase neonatal sobre alguns parâmetros reprodutivos de ratas. Animais com cerca de três meses de idade e com três ciclos regulares tiveram, na fase estro do próximo ciclo, o comportamento sexual registrado e o número de óvulos contados. A regularidade do ciclo estral também foi acompanhada, assim como, o momento de instalação da puberdade. Em conjunto nossos resultados demonstraram que a estimulação neonatal reduziu a capacidade reprodutiva de fêmeas como observado através da diminuição do comportamento sexual, ciclo estral anovulatório e retardo da instalação da puberdade. Há indícios que os efeitos centrais dos estrógenos foram aparentemente alterados como demonstrado pela ausência de ovulação. Mas, os esteróides gonadais produzidos durante o período pré-ovulatório foram efetivos em relação aos seus efeitos periféricos, pois os animais apresentaram mudanças regulares na mucosa vaginal.