Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aline da |
Orientador(a): |
Moreira, Jose Claudio Fonseca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/216766
|
Resumo: |
A comunicação, observação e exploração visual embasam o ensino de Ciências Naturais, especialmente no âmbito dos anos finais do ensino fundamental. Tal fato é a causa de dúvidas por parte dos professores que ao se depararem com estudantes com deficiência visual incluídos questionam a aquisição de conhecimentos da Ciência e a aplicabilidade dos conteúdos trabalhados nas aulas no cotidiano. Este estudo se propõe investigar a articulação entre a alfabetização científica (AC), admitida como conjunto de conhecimentos, procedimentos e valores que permitem tomar decisões, ler cientificamente o mundo e transformá-lo em algo melhor, e a efetivação do ensino de Ciências Naturais de deficientes visuais - cegos, incluídos em classes regulares dos anos finais do ensino fundamental. O caminho metodológico contempla uma abordagem exploratória descritiva, em um estudo caso etnográfico com a participação de uma estudante cega e sua respectiva professora de Ciências Naturais, conduzido em uma escola estadual da cidade de Santa Cruz do Sul, pertencente a 6ª Coordenadoria Regional de Educação, do Rio Grande do Sul. O procedimento de pesquisa de campo baseou-se na descrição da observação participante de seis horas/aulas registradas em diário de campo e nas informações obtidas por meio de entrevista semiestruturada, analisadas quali-quantitativamente a partir dos fundamentos da Defectologia (VYGOTISKY, 1997), das contribuições da Teoria Ator-Rede ( LATOUR, 1993) e dos Eixos estruturantes da Alfabetização Científica (SASSERON, 2008). A fim de avaliar a assimilação da docente em relação às três dimensões da Alfabetização Científica, utilizou-se como instrumento de coleta de dados o Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB), de Laugksch e Spargo (1996). Identificou-se que o nível de alfabetização científica da professora avaliada está acima do mínimo, resultado que exprime a apreensão de habilidades e competências socioambientais coerentes, como reflexo da formação e na prática docente. Contudo, mesmo que o professor possua habilidades que o qualifiquem como Alfabetizado Cientificamente o planejamento docente precisa ser pensado de modo a promover aos estudantes a formação quanto aos eixos e dimensões da AC. Observou-se na composição da rede de actantes a interação constante entre agentes humanos e não-humanos e que permanecem resquícios das fases biológica e sociopsicológica, devido à escassez de estratégias e de aporte metodológico ofertados, além da valorização da percepção através do tato, relacionada a compensação da limitação orgânica, descrita por Vygotsky. Concluiu-se que o ato de planejar o ensino de Ciências que promova a AC toma outra proporção quando versa em desencadear o processo em estudantes deficientes visuais -cegueira, não somente pelo perfil de aulas adaptadas, mas pela necessidade de repensar a atuação mediadora do docente e dos recursos aplicados ao ensino. |