Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Barradas, Paulo |
Orientador(a): |
Guadagnin, Demétrio Luis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199601
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Resumo: |
A exploração sustentável de recursos naturais é um dos objetivos da conservação da natureza. A integração da humanidade ao mundo natural, outrora não reconhecida pelos paradigmas de proteção da biodiversidade, já integra o pensamento por trás das pesquisas e ações de biologia da conservação. As ações humanas, quando pensadas como não alheias à natureza, carecem de qualquer essência negativa. Entendida por esse ponto de vista, a sustentabilidade é um esforço coletivo e um objetivo de toda a humanidade, sendo diferente de um ornamento ético imposto por determinado grupo social com consequências negativas à qualidade de vida de outro. A exploração de recursos florestais não-madeireiros é entendida como uma forma de compatibilização entre utilização de recursos biológicos e conservação da biodiversidade. Entretanto, determinadas situações resultam em sobre-exploração dos recursos, o que compromete a sustentabilidade da atividade. Em Porto Alegre, sul do Brasil, a exploração de lianas como matéria-prima para artesanato é parte importante da renda de artesãos indígenas Kaingang, que vendem seus produtos em feiras a céu aberto pela cidade. Entre as sete espécies de lianas comercialmente exploradas, Forsteronia glabrescens Müll.Arg. é a principal, chegando a compor mais de 60% do material utilizado. As famílias de artesãos retiram o material de remanescentes florestais de Porto Alegre e utilizam conhecimento tradicional para manejar as áreas e evitar a sobre-exploração. Contudo, conflitos com autoridades são recorrentes e pouco se sabe do que acontece com as plantas após terem seus caules removidos. Este trabalho apresenta uma abordagem experimental a esse problema. Simulamos a atividade de extrativistas Kaingang em um remanescente florestal de Porto Alegre e avaliamos os efeitos sobre parâmetros populacionais de F. glabrescens, avaliando como o corte dos caules influencia a sobrevivência e regeneração das plantas, bem como o desempenho do manejo tradicional praticado pelos Kaingang possibilita a manutenção dos níveis de extrativismo. |