Índice de respiração rápida e superficial como preditor de sucesso de extubação da ventilação mecânica invasiva : avaliação em uma população geral de pacientes críticos e subdivididos em diferentes comorbidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Hahn, Cássia Elisa Barth
Orientador(a): Vieira, Silvia Regina Rios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/35026
Resumo: Introdução: Extubação é a retirada da via aérea artificial. Desmame é o processo de transição da ventilação artificial para a respiração espontânea. A falha na extubação exerce um impacto adverso na clínica dos pacientes, além disso, a reintubação acrescenta dias no CTI (Centro de Terapia Intensiva) e na permanência hospitalar. O Índice de respiração rápida e superficial (IRRS) é um parâmetro fidedigno nas referências sobre o tema, devendo ser incluído em protocolos de desmame. Objetivos: Avaliar a capacidade do IRRS como preditor de sucesso de extubação da ventilação mecânica invasiva (VMI), em uma população geral de pacientes críticos e também relacionar este índice a uma população de pacientes subdivididos em diferentes comorbidades, tais como: Doentes neurológicos, cardíacos, pulmonares e outras. Material e Métodos: Foram incluídos neste trabalho pacientes que necessitaram de ventilação mecânica invasiva por um período maior que 48 horas e que foram considerados aptos para extubação pela equipe médica assistente. Foram excluídos pacientes que não fossem extubados em até 6 horas após ventilação espontânea em tubo T, paciente com traqueostomia e com doença neuromuscular periférica. Após, o paciente era colocado em ventilação espontânea com tubo T , e em seguida era registrada a relação f/Vt (freqüência respiratória/volume corrente) sendo esta calculada no 1º (IRRS 1) e 30o (IRRS 2) minuto do teste, e calculado o Delta do IRRS. Os dados foram expressos em freqüência e percentual, média e desvio padrão e mediana (percentil 25-percentil 75), com nível de significância p<0,05 e curvas ROC (Receiver-operating Characteristic) para as variáveis do IRRS. Resultados: De um total de 504 pacientes extubados, 403 (80,0%) obtiveram sucesso no processo de desmame da VMI e 101 (20,0%) falharam. Quando comparamos o grupo sucesso com o grupo insucesso, encontramos os seguintes resultados: Média de idade 56 versus 61 (p<0,025) , IRRS 1 56,5 versus 68,6 (p=0,004), IRRS 2 59,8 versus 81,8 (p=< 0,001), Delta do IRRS 3,4 versus 13,2 (p=0,011), dias de CTI 12 versus 16 (p=0,001), dias de hospitalização 29,5 versus 33 (p=0,185), óbito 11% versus 29% (p< 0,001 ). Em relação às curvas ROC encontramos os seguintes valores para as áreas sobre a curva IRRS 1- 0,592 (IC 95% 0,527 – 0,656) p=0,005; IRRS 2- 0,619 (IC 95% 0,552 – 0,686) p=< 0,001; Delta do IRRS- 0,567 (IC 95% 0,499 – 0,635) p=0,039. Não encontramos diferenças significativas quando analisamos os dados dividindo os pacientes por subgrupos de comorbidades. Conclusão: A utilização do IRRS como preditor de sucesso, pode colaborar para a identificação dos pacientes que terão sucesso no processo de extubação da ventilação mecânica invasiva. Este índice não deve ser usado isoladamente, mas deve ser incluído em protocolos de desmame. Não encontramos diferenças significativas no comportamento do IRRS nas diferentes comorbidades avaliadas neste estudo.