Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Veto, Nicole Moreira |
Orientador(a): |
Zolet, Andreia Carina Turchetto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131960
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Resumo: |
O conhecimento sobre a história evolutiva de uma espécie é essencial para obter insights sobre processos que contribuíram para os padrões atuais de distribuição e diversidade dessa espécie. Entender a evolução de uma espécie envolve a compreensão de sua história demográfica, estruturação populacional e também os mecanismos envolvidos na adaptação local. Neste contexto, os avanços em genômica e tecnologia de sequenciamento de DNA estão revolucionando o entendimento da história evolutiva das espécies, pois possibilitam o desenvolvimento de plataformas de genotipagem de alto rendimento, facilitando o uso de análises multilocus para identificar as regiões genômicas responsáveis pela adaptação local e trazendo uma visão detalhada sobre a história demográfica e a estrutura de populações. Além disso, estes dados permitem a identificação de loci responsáveis ou associados com adaptações locais e compreender as estratégias de adaptação que possibilitam algumas plantas sobreviverem em diferentes condições ambientais. Eugenia uniflora L. é uma espécie pertencente à família Myrtaceae e que apresenta uma ampla distribuição ao longo dos domínios da Floresta Atlântica (DFA). Popularmente conhecida como pitanga ou cereja-brasileira, E. uniflora é bastante versátil e cresce em vários habitats diferentes, ocorrendo como um arbusto ou árvore pequena em ambientes arenosos de restinga na planície costeira, próximo ao oceano e também no sul do Brasil apresenta-se como árvore, em ambientes de mata ciliar. Essas características, aliadas ao fato de que esta espécie seja uma das espécies-chave presentes em diferentes regiões fitogeográficas que integram a DFA, fazem com que ela seja um excelente modelo para estudos de variação adaptativa. Dessa forma, a presente dissertação teve como objetivo o estudo da variação genética adaptativa em populações naturais de E. uniflora. Para isso, foram selecionados 30 genes candidatos envolvidos em diferentes vias de sinalização com as respostas ao estresse abiótico, através da análise do transcriptoma da folha de E. uniflora. As sequências desses genes foram amplificadas por PCR em 96 indivíduos provenientes de populações de ambientes contrastantes. Os fragmentos amplificados foram submetidos ao sequenciamento usando plataforma de Sequenciamento de Nova Geração para a identificação e genotipagem de marcadores SNPs (Single Nucleotide Polimorphism). Após a análise do sequenciamento, um total de 381 SNPs, distribuídos em 16 genes foram identificados e genotipados em 84 indivíduos. A análise de FST outlier revelou dois loci sob seleção positiva, um no gene que codifica uma dehidrina e outro no gene que codifica uma Lea14-A, genes estes previamente reportados estarem envolvidos com estresse de resposta à seca em plantas. |