Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Analu Cruz |
Orientador(a): |
Freitas, Loreta Brandão de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265148
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Resumo: |
Espécies são consideradas raras quando ocorrem em distribuição restrita, com pequeno número de populações ou em poucos indivíduos por população, em oposição às espécies que têm ampla distribuição geográfica, mais comumente encontradas ou que possuem grandes populações. Por muito tempo, acreditou-se que espécies raras possuíam baixa diversidade genética em comparação a espécies de ampla distribuição a elas relacionadas. Entretanto, nem todas as espécies raras têm baixos níveis de variabilidade genética, uma vez que histórias de vida como sistema de cruzamento e mecanismos de dispersão de pólen e sementes, podem manter altos os níveis de diversidade, apesar do pequeno número de indivíduos. A presente tese teve como objetivo geral contribuir para o entendimento dos processos especiação do gênero Petunia. Os objetivos específicos contemplados nos capítulos que a compuseram foram: (a) avaliar a diversidade genética e estrutura populacional das espécies endêmicas dos campos de altitude no sul da América do Sul (P. bonjardinensis, P. reitzii e P. saxicola) através da análise de marcadores moleculares microssatélites; (b) identificar o estado de conservação e o risco de extinção dessas espécies; (c) contribuir para o entendimento dos sistemas reprodutivos destas espécies e seu papel na estruturação da diversidade genética; (d) avaliar a diversidade genética e estrutura populacional das espécies P. scheideana e P. guarapuavensis através da análise de marcadores genéticos nucleares; (e) testar barreiras ao fluxo gênico entre estas espécies; (g) testar modelos evolutivos e demográficos para a origem destas espécies; (h) contribuir para a taxonomia do gênero identificando os limites destas espécies. Para alcançar os objetivos, foram empregadas abordagens filogeográficas e de genética de populações a partir da amplificação e análise de loci de microssatélites nucleares, modelagem de nicho usando os registros de distribuição e estimativa do estado de conservação das espécies de acordo com os critérios da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza). Divididos em cada um dos dois capítulos, os resultados revelaram que a raridade das espécies P. bonjardinensis, P. reitzii e P. saxicola é provavelmente histórica, uma vez que não foram encontradas evidências genéticas de gargalos genéticos recentes. Mais uma vez, ficou evidente o papel da migração histórica, efeito fundador e ciclos climáticos do Pleistoceno explicando a diversidade genética em espécies de Petunia. A estrutura populacional destas três espécies também foi influenciada por sua biologia reprodutiva e pela perda recente de habitat decorrente das mudanças na paisagem. Em relação às espécies P. scheideana e P. guarapuavensis, foi encontrada variabilidade genética de moderada a baixa e diferenciação genética entre elas indicando que são entidades taxonômicas independentes. As análises do estado de conservação apontaram para uma ameaça de extinção para essas espécies devido à perda de habitat e fragmentação da paisagem, fato comum entre as espécies dos campos de altitude no sul do Brasil. |