Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rivero, Luis Fernando da Rosa |
Orientador(a): |
Kliemann, Lucia Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202658
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Resumo: |
O diagnóstico preciso do tumor phyllodes (TP) desempenha um papel crítico para o tratamento eficaz, pois permite o manejo cirúrgico correto, evitando uma cirurgia inadequada para o TP maligno ou borderline ou o tratamento cirúrgico excessivo no caso de um TP benigno. TP de mama são notoriamente difíceis de diagnosticar e graduar, sendo a distinção entre um TP benigno e um borderline ou maligno frequentemente problemática para o patologista. Embora vários autores apontem para uma forte relação entre a expressão imuno-histoquímica de p53 e Ki-67 e o grau histopatológico do TP, com potencial impacto na acurácia diagnóstica, não há consenso na literatura sobre qual ponto de corte define um teste (index test) como positivo. O objetivo deste estudo é estabelecer um escore de aplicação prática que permita elevar a acurácia diagnóstica do TP por meio do uso adequado desses métodos auxiliares. MÉTODOS: Revisão cegada em relação ao diagnóstico original de 146 TP benignos, borderline e malignos, removidos cirurgicamente entre janeiro de 2000 e dezembro de 2015, buscados dos arquivos do Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e dois outros laboratórios de patologia de Porto Alegre. O diagnóstico de revisão foi considerado o padrão ouro para análise e um bloco de parafina representativo para cada caso foi escolhido para estudo imuno-histoquímico. O teste Ki-67 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados. O teste p53 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados com intensidade moderada ou forte. RESULTADOS: Dos 146 casos de TP revisados, 110 foram classificados como benignos, 16 como borderline e 20 como malignos, a mediana de idade foi de 45 anos (16-74) e o tamanho mediano foi de 4,0cm (1-20cm). A correlação entre idade e tamanho com subgrupos benigno, borderline e maligno foi estatisticamente significativa (p <0,001). Foi observada significância na expressão do Ki-67 e do p53 na comparação do TP benigno, borderline e maligno com p<0,001 e intervalo de confiança de 95%. Ao correlacionar-se a presença de positividade em qualquer um dos dois testes com o diagnóstico de TP borderline ou maligno, atingimos uma sensibilidade de 100%, especificidade de 91,8%, valor preditivo positivo de 80%, valor preditivo negativo de 100% e uma acurácia de 93,8%, com p <0,001 e intervalo de confiança de 95%. CONCLUSÃO: Propomos uma metodologia prática para obter um diagnóstico acurado de TP, com base num painel imuno-histoquímico simples, Ki-67 e p53, com pontos de corte claramente definidos e fáceis de aplicar. Concluindo, um TP positivo para qualquer um dos testes (index test) deve ser classificado como borderline ou maligno. Esperamos que essa proposta de nova abordagem possa contribuir para o desenvolvimento da padronização no uso do p53 e do Ki-67 para a graduação do TP da mama, auxiliando os patologistas no diagnóstico preciso. |