Efeitos de recuperação ativa em esteira e cicloergômetro sobre marcadores de dano muscular induzido por exercício excêntrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Franke, Rodrigo de Azevedo
Orientador(a): Lima, Claudia Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148305
Resumo: O dano muscular induzido pelo exercício (DMIE) é um fenômeno que ocorre ao realizarmos um exercício com o qual não estamos habituados, seja pela modalidade, volume ou intensidade. Além disso, esta condição está fortemente relacionada com contrações excêntricas ou gestos que predominantemente envolvam este tipo de contração, causando prejuízos funcionais importantes e diminuindo o desempenho. Diante disto, estratégias para acelerar o processo de recuperação muscular vem sendo investigadas. Dentre elas, a recuperação ativa, técnica muito utilizada no meio prático e que consiste na execução de exercícios com intensidade baixa ou moderada buscando melhorar a recuperação após uma sessão de treino mais intensa. No entanto, nenhum estudo comparou duas formas de recuperação ativa com exercícios aeróbios até o momento, além dos estudos experimentais da área apresentarem qualidade metodológica frágil. Com isso, o objetivo desta dissertação é comparar o efeito da recuperação ativa em esteira e em cicloergômetro sobre marcadores de dano muscular. Para isso, trinta voluntários do sexo masculino foram alocados de forma randomizada em três grupos: grupo esteira (GE, n = 10), grupo cicloergômetro (GCI, n = 10) e grupo controle (GC, n = 10). Avaliações da contração isométrica voluntária máxima (CIVM), dor, concentração plasmática de creatina kinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH) e espessura e ecogenicidade dos músculos reto femoral (RF) e vasto lateral (VL) foram realizadas pré, 24h, 48h e 72h após um protocolo indutor de dano muscular, constituído por cinco séries de 10 contrações excêntricas máximas em dinamômetro isocinético. Após o protocolo indutor de dano muscular, os sujeitos realizaram a intervenção de acordo com o grupo em que foram alocados, com duração de 30 minutos e intensidade de 60% do VO2máx, independente da modalidade. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos nos parâmetros de caracterização da amostra. Não houve diferença significativa entre os grupos em todas as variáveis analisadas. Houve redução significativa no torque nos períodos imediatamente após (IP), 24h, 48h e 72h comparado ao período Pré em todos os grupos. Houve aumento significativo da dor nos períodos 24h, 48h e 72h comparado ao período Pré em todos os grupos. Houve aumento significativo na espessura do músculo RF 24h após o protocolo de dano muscular. A ecogenicidade foi maior tanto no RF quanto no VL nos períodos de 48h e 72h quando comparada ao período Pré. Não houve diferença significativa nas concentrações plasmáticas de CK e LDH entre os períodos de avaliação. Os resultados do presente estudo permitem concluir que a execução de recuperação ativa nos parâmetros adotados, seja em cicloergômetro ou esteira, não modifica o processo de recuperação após dano muscular.