Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Roberta Andressa Line |
Orientador(a): |
Canuto, Raquel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/220346
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Resumo: |
O estudo investigou a associação entre a exposição laboral crônica ao uso de agrotóxicos e a prevalência de excesso de peso e obesidade abdominal. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente e convidados a participar da pesquisa. Um total de 132 sujeitos foram convidados, dos quais 122 (92%) concordaram em participar. Sujeitos adultos de ambos os sexos, residentes de comunidades rurais, localizadas no interior do munícipio de Farroupilha, interior do Rio Grande do Sul, Brasil. As informações sociodemográficas, comportamentais e laborais foram coletadas através de questionário padronizado. Agentes de exposição, agrotóxicos, foram classificados pelos grandes grupos de ação: fungicida, inseticida e herbicida; pelos grupos químicos: organofosforados, ditiocarbamatos, piretróides, organoclorados e outros grupos. Por fim, pelo princípio ativo: Glifosato, Mancozeb e Paraquat. Os desfechos foram obesidade abdominal (circunferência da cintura ≥88 cm para mulheres e ≥ 102 para homens) e excesso de peso (IMC ≥25kg/m²). Foi conduzida análise multivariada de dados por meio de Regressão de Poisson. A idade média foi de 45,6 anos (DP 14,3), 61,5% eram homens, 77% casados, 49,2% trabalhavam na agricultura por mais de 31 anos e 58,2% possuíam até 8 anos de escolaridade. A prevalência de excesso de peso foi de 59,0% e obesidade abdominal de 50,8%. Após controle para variáveis sociodemográficas, comportamentais e laborais, o uso crônico de inseticidas e organofosforados estiveram associados a maiores prevalências de excesso de peso. Agricultores que utilizaram inseticidas por mais de 20 anos apresentaram uma probabilidade 45% maior de ter excesso de peso (RP: 1,45, IC95%: 1,00-2,10), comparados com os que nunca tiveram contato. Já os agricultores que utilizaram organofosforados por mais de 20 anos apresentaram uma probabilidade 48% maior de ter excesso de peso (RP: 1,48, IC95%:1,02-2,12). A exposição laboral a agrotóxicos de longo prazo esteve associada à ocorrência de excesso de peso, mas não de obesidade abdominal nesta amostra de trabalhadores rurais. |