Ováriosalpingohisterectomia em felinos hígidos: Comparação entre as técnicas laparoscópica, laparoscópica híbrida e convencional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Schiochet, Fabiana
Orientador(a): Beck, Carlos Afonso de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/105034
Resumo: A ováriosalpingohisterectomia (OVH) é a cirurgia abdominal realizada com maior frequência em pequenos animais, sendo a esterilização eletiva como sua indicação mais comum. Este procedimento, em felinos, têm sido realizado por laparotomia, laparoscopia ou a combinação das duas técnicas, a qual é denominada de laparoscopia híbrida. O presente estudo objetivou comparar e identificar qual o procedimento de OVH que apresenta melhores resultados. O experimento foi realizado no Bloco Cirúrgico de Ensino da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no qual se utilizaram 30 gatas, adultas, hígidas, sem raça definida, com peso entre 2 a 4,5 kg. Os animais foram distribuídos em três grupos de igual número. No primeiro grupo os animais foram submetidos a OSH por acesso laparoscópico (três portais); no segundo grupo o acesso foi laparoscópico híbrido (dois portais) e no terceiro grupo a OVH foi realizada pela técnica convencional (celiotomia mediana – terço médio entre a cicatriz umbilical e o púbis). Estes grupos foram avaliados com relação ao tempo cirúrgico e de procedimento, ao tamanho das incisões e às complicações durante e após a cirurgia. Também foram comparadas as avaliações das escalas de dor e as alterações nas concentrações séricas de creatina quinase (CK) e aspartato aminotransferase (AST). Com relação ao tempo cirúrgico o segundo grupo apresentou tempo significativamente maior que os demais. Quanto ao tempo de procedimento operatório o terceiro grupo apresentou tempo menor. O tamanho de incisão foi maior no terceiro grupo. As complicações encontradas no trans-operatório foram enfisema subcutâneo (incidência maior no segundo grupo) e permanência dos cornos uterinos após secção do corpo uterino, com maior número de animais no terceiro grupo. A laparoscopia híbrida apresentou maior concentração de CK. A AST, temperatura corporal, freqüência cardíaca e freqüência respiratória não diferiram significativamente entre os acessos laparoscópicos e convencional. Na avaliação da dor, nas escalas analogia visual e multimensional o terceiro grupo apresentou significativamente maior pontuação. Na escala numérica por classe não houve diferença estatisticamente entre os grupos. Conclui-se que para o procedimento de OVH em felinos a cirurgia totalmente laparoscópica apresenta vantagens com relação às complicações no trans-operatório e a dor no pós-operatório.