Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lobato, Fernanda Hoffmann |
Orientador(a): |
Silva, Tania Luisa Koltermann da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255373
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Resumo: |
O uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) tem implicações sociais importantes como reduzir as desigualdades e ampliar as possibilidades de diálogo, aprendizado e participação. A inclusão, assim como o letramento, deve ter um benefício real na vida do indivíduo. As mulheres – em especial, as mulheres de baixa renda e escolaridade – fazem uso de serviços públicos governamentais, prestados pelas diversas esferas públicas. No entanto, no Brasil, os serviços públicos digitais existentes hoje parecem não atender de forma adequada a população. O projeto de pesquisa propõe um modelo de design participativo na construção de interfaces gráficas de serviços públicos digitais a partir da experiência do usuário e de seu letramento digital. A pesquisa foi dividida em três etapas seguindo os estágios e métodos do design participativo: prevendo o uso de pesquisa documental e bibliográfica na primeira etapa – o uso de sondas culturais, que é uma ferramenta que autodocumentação do usuário –, a oficina de cocriação na segunda etapa e a validação das interfaces resultantes na terceira etapa. Na etapa de Aprofundamento, foi realizado o mapeamento do estado da arte do papel do usuário no desenvolvimento de serviços públicos digitais, para tanto foi proposta uma pesquisa bibliográfica e outra documental. Nos artigos selecionados, o usuário tem um papel secundário no desenvolvimento do serviço, sendo apenas consultado após sua implementação ou testando o serviço em algumas das fases de desenvolvimento. Nenhum dos trabalhos selecionados apresenta o usuário como demandante ou origem do serviço público digital. O levantamento documental apontou que a participação do usuário é, na maioria das vezes, facultativa. Em geral, as demandas do usuário-cidadão não são origem da criação de serviços públicos digitais, sendo o mais comum a digitalização de serviços já existentes. A etapa de proposição, o teste do modelo propriamente dito, sofreu restrições devido a pandemia. Mesmo assim foi possível testar a sonda cultural, a oficina de prototipação e a avaliação do protótipo, sendo os resultados além do esperado, pois as participantes conseguiram fazer um protótipo da interface de um serviço público digital, que foi o agendamento de médicos em posto de saúde, até a prototipação em papel. A aplicação do questionário aponta indícios de que o uso das sondas e a oficina serviram como forma de um uso mais consciente das tecnologias digitais, sendo a aplicação do modelo um evento de letramento digital. O protótipo funcional não foi devidamente testado, mas as participantes, em depoimento, consideraram fácil de usar e um serviço que elas consideraram necessário e expressaram terem gostado de participar da pesquisa. Por fim, este trabalho deseja ser o início da proposta de discussões e/ou caminhos de pesquisas com a intenção de contribuir e fomentar estudos no meio acadêmico-científico ou mesmo organizacional sobre o desenvolvimento de serviços públicos digitais e de suas interfaces. |