Masculinidades em disputa: militares e bacharéis no processo eleitoral de 1909-1910

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Bruno Corrales
Orientador(a): Weimer, Rodrigo de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/251675
Resumo: A presente dissertação pesquisa a eleição presidencial brasileira passada entre 1909 e 1910, tomando como ponto de partida a História das Masculinidades e a História da Imprensa. Assim, o pleito que opôs os presidenciáveis Hermes da Fonseca e Rui Barbosa é analisado dentro de uma perspectiva de gênero, procurando-se compreender como as fontes de imprensa representaram os candidatos no quesito masculinidades. Para tal, foram escolhidas como fontes as revistas de humor Careta e O Malho, dentro das quais se estudaram especificamente as charges e seu humor iconográfico. Encarando as charges como representações, conceito desenvolvido por Roger Chartier, observou-se o desenvolvimento, pelas fontes, de representações de masculinidades que exaltavam os presidenciáveis defendidos por cada um dos periódicos selecionados. Pensando as masculinidades como um conceito plural, e a partir de autores como Raewyn Connell e James Messerschmidt, mais do que isso, observou-se como foram criados dois diferentes modelos de masculinidades hegemônicas, isto é, formas consideradas adequadas de se exercer a masculinidade para fim de controlar as tensões sociais de seu tempo. Os conceitos foram estabelecidos de acordo com as interpretações das revistas sobre as diferentes mudanças sociais da República, como a ascensão da população negra e das mulheres dentro do cenário político. Desta forma, ao defender Rui Barbosa, a revista Careta trouxe representações que defenderam uma masculinidade civil; ao contrário de O Malho, apoiadora de Hermes, e que elaborou representações favoráveis a um modelo de masculinidade militarista para a sociedade.