Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carpenedo, Alexandre de Freitas |
Orientador(a): |
Baggio, Roberta Camineiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/267359
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Resumo: |
Promulgada em um contexto político-social de intensos conflitos fundiários, a Constituição da República de 1988 foi a primeira na história do Brasil a tratar da questão agrária em um capítulo exclusivo e específico. Mais do que romper com a ordem constitucional anterior, sua promulgação trouxe a esperança de realização de mudanças efetivas na estrutura fundiária do país, a qual nunca foi, de fato, objeto de preocupação do Estado. No entanto, a Constituição que adota a retórica de preocupação com a desigualdade no campo é a mesma que traz restrições à desapropriação, por interesse social, para fins de reforma, em benefício das oligarquias do latifúndio. Ao mesmo tempo, tem-se observado um constante protagonismo da “bancada ruralista”, responsável pela articulação desses grupos no Congresso Nacional. À luz da sociologia histórica, a presente pesquisa tem como objetivo compreender se as restrições à desapropriação para fins de reforma agrária, previstas nos arts. 184, caput, e 185, inciso II, da Constituição de 1988, contribuem para a manutenção do poder de representação oligárquica no Congresso Nacional. Busca-se verificar de que modo as regras limitativas positivadas na Constituição servem de bloqueio à implementação de uma política de democratização fundiária efetiva, bem como quais as consequências que referido bloqueio gerou, com o passar dos anos, na preservação/ampliação do poder de representação congressual detido justamente por quem mais se beneficia do alto grau de concentração da terra no Brasil: a classe oligárquica. |