Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Ghiggi, Gomercindo |
Orientador(a): |
Andreola, Balduino Antônio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262207
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Resumo: |
Este texto discute a pedagogia da autoridade a serviço da liberdade, dialogando com Freire, professores em formação, a minha própria história e pensadores diversos. A baliza metodológica é o diálogo, como direção cientifica e política. Tomando como central a obra de Freire, o texto apresenta fragmentos de minha história de vida, destacando relações entre autoridade e liberdade; sustenta justificativas que refutam atitudes autoritárias analisando os absurdos sofrimentos/silêncios humanos; advoga que a autoridade institui-se pelo trabalho solidário, formação permanente e capacidade de desvelamento de regimes conceituais instituídos; sistematiza reflexões acerca de referências teóricas que auxiliam na compreensão das descobertas de Freire e dos movimentos que identifiquei no cotidiano do trabalho formativo, presentes no exercício docente; e traz a teoria freireana em particular diálogo com professoras-alunas do Curso de Pedagogia/PFPL para apoiar a compreensão do problema aqui exposto. Dos professores e professoras com quem dialoguei durante a investigação, especialmente alunas/docentes do PFPL, concluo que a assunção à condição de autoridade torna se imperativa tendo por solo a base social que enraíza-se em produção simbólico material qualificada aos que detêm estrutura e instrumentos de formação que lhes garantem competências e vantagens adicionais, o que, por dever de coerência, justifica a formação para a geração de condições de possibilidades visando mudanças da ordem estabelecida. As professoras sentem-se seguras sem autoritarismos e licenciosidades quando, admitindo ignorância, aceitam processos de formação desafiadas por outras autoridades, a partir do que passaram a sentir-se autorizadas à tarefa da formação para a vida social que garanta humanidade às pessoas para criar o mundo. Desafiadas pelo diálogo, as professoras tornam curricular a cultura dos alunos, gerando alternativas à violência pela negação à negação da cultura de Origem dos envolvidos, tirando da clandestinidade impulsos reprimidos. As professoras falam dos programas de formação que, somados aos processos de pesquisa-formação, transformaram-se em instrumentos conceituais de análise da prática; não se deixam enganar pelo banalizante jogo de linguagem e assumem-se autoridade que ajudam a "simbolizar o mundo das crianças". Para situar historicamente descobertas anunciadas, retomo rastos que auxiliam no desvelamento do cotidiano escolar, porque falam de práticas conceituadas. Das conclusões, ratifico hipóteses que orientaram esta pesquisa: autoridade é conceito com o qual Freira busca demarcação pedagógica, epistemológica, ética e política, com o que, em diálogos formativos códigos do capitalismo, quando ensina solidariedade e quando prestigio e domínio cultural amplo estão desautorizados à constituição da autoridade. |