Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos Neta, Marina de Camargo |
Orientador(a): |
Souza, Marcelino de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/245262
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Resumo: |
A Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) é um movimento que foi originado no ano de 1971 pela Rede Teikei, de origem japonesa. Essa ideologia é transmitida há anos e prega a agricultura agroecológica ligada a valores morais e éticos de escala internacional, promovendo a interação direta entre o agricultor e o consumidor de forma local. Como descrito por Pascucci (2010), é uma Rede Comunitária Alimentar, e esta estrutura compõe-se de um modelo representado brevemente por dois agentes, o primeiro: o consumidor (coagricultor), que se compromete a apoiar uma produção agrícola, fornecendo ao agricultor o capital de giro antecipadamente; e o segundo: o agricultor, que recebe o financiamento para sua produção, diminuindo sua volatilidade financeira, além do alívio de grande parte da comercialização, escoando através de vendas diretas aos membros da comunidade. No entendimento do que é a CSA, buscou-se, a partir do referencial microanalítico da Nova Economia Institucional (NEI) e da Economia dos Custos de Transação (ECT), investigar a dinâmica da transação no contexto do Distrito Federal. Nessa perspectiva, analisaram-se os pressupostos comportamentais (racionalidade limitada e oportunismo) e os atributos da transação (frequência, incerteza e especificidade dos ativos), além da confiança, e verificou-se se, de alguma forma, a estrutura com essa dinâmica poderia minimizar os custos de transação para os agricultores associados à CSA. Para tal, conduziu-se uma pesquisa com a aplicação de 11 entrevistas diretamente aos agricultores responsáveis pelas unidades produtivas associadas à Rede CSA Brasília. Os resultados permitiram evidenciar a existência de uma estrutura com baixo índice de ações oportunistas correlacionada a um alto índice de confiança nas transações e nos agentes envolvidos, corroborando uma tendência de proporcionar baixos custos de transação, em razão de menores incertezas em detrimento da simetria da informação entre aqueles que buscam manter a comercialização desses produtos, perpetuando as trocas na rede formada pelo agricultor e por seus coagricultores. No entanto, entre os agricultores entrevistados, observou- se a necessidade de estabelecer uma relação maior de confiança com a instituição Rede CSA Brasília, visando estabelecer o ideal de comunidade, além daquela estabelecida entre o agricultor e seus associados. Adicionalmente, notou-se a latente necessidade de mais coagricultores (consumidores) associados às unidades produtivas, em virtude da necessidade de usufruir totalmente da terra plantada, sem a urgência de recorrer a outros canais de escoamento. |