Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Palma, Lisiane Celia |
Orientador(a): |
Pedrozo, Eugenio Avila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/127231
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Resumo: |
A sustentabilidade é um tema complexo, que tem demandado mudanças dos indivíduos, das organizações e da sociedade. Diante disso, os cursos relacionados à área de gestão têm um importante papel, uma vez que formam grande parte dos gestores que conduzem as organizações. Logo, podem prepará-los para conduzi-las de forma que estejam mais comprometidas com o meio ambiente e a sociedade. Sendo assim, mudanças têm sido observadas nestes cursos para a inserção de questões relacionadas à sustentabilidade. Contudo estas são ainda incipientes e, muitas vezes, relacionadas à manutenção do status quo, representando apenas o acréscimo de mais uma disciplina no currículo para tratar do tema, sem significar a sua reconstrução ou o avanço para propostas interdisciplinares e mesmo transdisciplinares. Portanto, é pertinente compreender quais alterações seriam necessárias nos cursos relacionados à área de gestão para a inserção da sustentabilidade para além do status quo, levando a uma transformação. Esta está relacionada a uma mudança de paradigma, que é o que propõe a aprendizagem transformadora, que se refere a alterações que vão além do nível comportamental, representando um desafio às crenças e às ideias existentes, e promovendo a reconstrução de significados. Assim, a presente pesquisa, embasada nos princípios da Teoria da Complexidade, tem como objetivo principal a proposição e aplicação de um framework do processo de mudança nos cursos relacionados à área de gestão para a inserção da sustentabilidade, visando à aprendizagem transformadora tanto no nível individual quanto organizacional. Para tanto, inicialmente, foram identificadas distintas compreensões da sustentabilidade, suas bases teóricas e sua relação com as diferentes visões dos indivíduos e das organizações. Num segundo momento, caracterizaram-se os diversos níveis de aprendizagem individual e os diferentes níveis de mudança organizacional, ambos relacionados à sustentabilidade, o que permitiu estabelecer ligações com as diferentes visões da sustentabilidade, dos indivíduos e das organizações dando origem ao Framework da Aprendizagem Transformadora Sustentável (FATS). Além disso, das discussões teóricas originou-se uma proposta de ampliação do modelo integrado de aprendizagem organizacional para a inserção da aprendizagem de terceiro nível. Para a aplicação do framework, foram realizados dois estudos de caso na Inglaterra em cursos relacionados à área de gestão que têm em suas propostas a inserção da sustentabilidade. Para a definição das categorias de análises, com base no FATS, foi desenvolvida a Matriz Complexa para a Análise da Aprendizagem Transformadora Sustentável (MCAATS), que relaciona os processos de ensino-aprendizagem (representando o nível individual), de gestão (referente à organização) e de mudança para a sustentabilidade. Adicionalmente, foram identificadas as barreiras para a transformação nos cursos de gestão que buscam uma orientação para a sustentabilidade, e seus condutores. Assim, a pesquisa contribui no sentido de auxiliar instituições de ensino, cursos, coordenadores e professores a integrarem a sustentabilidade na educação e a promoverem a aprendizagem transformadora, apresentando elementos-chaves para isso. Tem-se que, para uma mudança profunda exigida pela sustentabilidade, é importante que as transformações nas IEs aconteçam não apenas em sala de aula, mas também na organização e em seus processos de gestão, de modo a promover, apoiar e ampliar ações sustentáveis, tendo impacto na comunidade e na sociedade como um todo. Logo, para a transformação requerida pela sustentabilidade, tanto os cursos de gestão, quanto as IEs e os indivíduos que dela fazem parte, principalmente os professores que podem ser os principais condutores deste processo, precisam estar abertos à mudança, questionando as bases epistemológicas sob as quais constroem a gestão institucional e o ensino. |