Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Luciana Teixeira |
Orientador(a): |
Procianoy, Renato Soibelmann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/148112
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Resumo: |
Introdução: A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma das principais causas de cegueira e morbidade visual na infância. É uma doença ocular vasoproliferativa secundária à vascularização inadequada da retina dos recém-nascidos (RNs) prematuros (PMTs), cuja etiologia é multifatorial e não está completamente elucidada. Dentre os fatores implicados na sua patogênese estão a exposição da retina em desenvolvimento a níveis anormais de oxigênio e a deficiência do fator de crescimento insulínico-1 (insulin-like growth factor-1, IGF-1). O leite materno (LM) contém IGF-1 e pode ter um efeito protetor contra o desenvolvimento da ROP. Objetivos: Avaliar o possível efeito protetor do LM contra a ROP, através da comparação da quantidade de LM recebida entre os pacientes que desenvolveram ROP e aqueles livres da doença. Tentar determinar a quantidade mínima necessária e o momento em que o RN precisa receber o LM para que esse efeito seja significativo. Pacientes e métodos: Estudo de coorte observacional incluindo RNs com peso de nascimento (PN) inferior a 1500 gramas e / ou com idade gestacional (IG) inferior a 32 semanas, nascidos no período de janeiro de 2011 a outubro de 2014 e internados nas primeiras 24 horas de vida na UTI Neonatal do Hospital da Criança Conceição (HCC) em Porto Alegre. Resultados: A prevalência da ROP em qualquer grau foi de 31% (100 casos em 323 pacientes) e a de ROP grave foi de 9% (29 casos em 323 pacientes). A mediana da quantidade de LM recebida pelos pacientes foi de 10,2mL/kg/dia entre os pacientes sem ROP (amplitude interquartil 1,5-25,5) e de 4,9 mL/kg/dia entre os pacientes com ROP (0,3-15,4). A quantidade de LM recebida nas primeiras seis semanas de vida foi inversamente associada à incidência de ROP em qualquer grau e de ROP grave nas análises univariadas, mas a significância estatística não se manteve após análise multivariada para controle de fatores confundidores na maioria dos períodos avaliados, exceto na sexta semana de vida. Conclusão: Pequenas quantidades de LM não são suficientes para prevenção de ROP em PMTs de risco para a doença. |