Eventos embriogêncos em tecidos estaminais de Glycine max (L.) Merril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Rodrigues, Lia Rosane
Orientador(a): Bodanese-Zanettini, Maria Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77827
Resumo: O cultivo de anteras de soja [Glycine max (L.) Merrill, 2n=40] iniciou na década de 1970 visando à obtenção de plantas androgenéticas haplóides e duplo-haplóides. Contudo, foram raras as ocasiões em que as condições de cultivo favoreceram o desenvolvimento embriogênico até a regeneração de plantas. No presente trabalho, pelo cultivo de anteras heterozigotas para um marcador molecular codominante, foi registrado que alguns genótipos segregantes originaram estruturas embriogênicas tanto a partir dos micrósporos quanto a partir dos tecidos diplóides da antera. Subseqüentemente, por meio de análises histológicas, foram registradas calogênese e embriogênese a partir do tecido conectivo, das camadas médias e da epiderme em anteras de quatro cultivares, sob as condições de cultivo até então recomendadas para desencadear androgênese. Estes eventos foram favorecidos pela presença do ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) e pela indução na luz. A constatação do potencial embriogênico do conectivo levantou a possibilidade de usar tecidos estaminais como uma nova fonte de explantes, a partir de indivíduos que já alcançaram a fase reprodutiva, quando a resposta morfogênica é considerada sem sucesso em soja. A formação de grãos de pólen multinucleados não foi uma resposta exclusiva ao cultivo: tanto o cultivo de anteras quanto o tratamento a 4oC aumentaram as freqüências de núcleos simétricos e extranumerários em grãos de pólen, incluindo núcleos com formato fragmentado. De forma geral, os resultados comprovaram que, nas condições recomendadas, o cultivo de anteras é um sistema limitado para desencadear androgênese em soja. Por isso, uma seqüência de testes foi conduzida para o estabelecimento in vitro de micrósporos isolados. Foi desenvolvida uma técnica de isolamento que permitiu a obtenção de suspensões de micrósporos viáveis com densidade adequada e, em seguida, o estabelecimento de cultivos. Nestes cultivos, foram testados os efeitos de meios nutritivos e de genótipos. A técnica desenvolvida será útil para futuros testes visando identificar fatores que desencadeiam androgênese em soja. Neste trabalho, foram identificadas limitações e potencialidades morfogênicas do cultivo de anteras de soja. Em conseqüência, é proposta uma nova abordagem ao estudo da androgênese, pelo cultivo de micrósporos e grãos de pólen isolados.