Medidas locais e configuracionais : efeitos para a caminhabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Seibt, Maria Gomes
Orientador(a): Reis, Antonio Tarcisio da Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/272851
Resumo: Esta pesquisa examina e compara os níveis de percepção de segurança, de agradabilidade e de caminhabilidade de espaços abertos públicos em quadras com diferentes medidas locais e configuracionais, tendo como estudo de caso as quadras mais movimentadas nos bairros Bom Fim e Cidade Baixa (POA/RS). Logo, são objetivos deste trabalho: (1) analisar os níveis de caminhabilidade, a percepção de segurança e a agradabilidade em quadras com diferentes características locais; (2) analisar os níveis de caminhabilidade e a percepção de segurança em quadras com diferentes medidas configuracionais; e (3) comparar o impacto das medidas locais e configuracionais nos níveis de caminhabilidade. Assim, as medidas locais levantadas para as análises são: os usos nos térreos das edificações, o alinhamento das edificações com relação às calçadas e as permeabilidades físicas e visuais dos térreos das edificações. Por sua vez, as medidas configuracionais consideradas para as análises são as medidas de integração global e local (R5) e escolha de rota (choice) global e local (R5). Os demais dados foram coletados através de observação de comportamento e questionário. Os dados quantitativos foram analisados através de testes estatísticos não-paramétricos e análises sintáticas e os dados qualitativos foram analisados através de interpretações dos significados e frequências. Os resultados revelam que: (1) uso residencial tem impacto positivo na percepção de segurança, enquanto uso comercial, edificações recuadas e altas taxas de permeabilidade visual e física tem impacto negativo; (2) edificações recuadas tem impacto negativo na agradabilidade; e (3) uso comercial nos térreos, edificações alinhadas, taxas mais altas de permeabilidade visual e valores mais altos de choice global tem impacto positivo na caminhabilidade, enquanto uso residencial e edificações recuadas tem impacto negativo. Ainda, as medidas locais se revelaram melhores indicadores dos níveis de caminhabilidade que as medidas configuracionais. Dessa forma, espera-se que os resultados referentes às medidas locais possam contribuir para a tomada de decisões de profissionais de arquitetura e planejamento urbano e na elaboração de legislações urbanísticas que valorizem o pedestre e contribuam para a segurança, agradabilidade e caminhabilidade dos espaços abertos públicos, assim como contribuir para futuros trabalhos e índices de caminhabilidade.