Simulação e análise de fluxo de detritos na Bacia do Rio Timbé, localizada no município de Timbé do Sul/SC, Brasil

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Pavei, Sarah Brulinger
• Orientador(a): Carlos, Franciéle Schwanck
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Encostas; Movimentos de massa; Modelagem computacional; Fluxo de detritos; Escorregamentos translacionais; Timbé do Sul (SC)
• Palavras-chave em Inglês: Slope stability; Modeling; Water resources
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/262616

A necessidade de identificação e o mapeamento das áreas com predisposição à ocorrência de processos naturais catastróficos, resultantes em danos e ameaça à sociedade, é uma demanda de elevada importância, principalmente pelo papel que exerce em situações de planejamento e gestão ambiental, territorial e de riscos. No Brasil, por meio da Lei 9.433/97, conhecida como lei das águas, que estabelece em seu art. 2º, III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo realizar uma simulação computacional de fluxo de detritos, através dos modelos Shallow Landsliding Stability Model (SHALSTAB) e o Simplified Rheology Based Debris Flow Simulation (SIRDEFLOW), analisando o alcance e altura final das deposições sobre a bacia do rio Timbé, localizada no município de Timbé do Sul/SC, Brasil. A metodologia utilizada consiste na criação do mapa de suscetibilidade de escorregamentos da bacia através do modelo SHALSTAB, gerando 112 pontos de iniciação de fluxo na qual foram inseridas no programa SIRDEFLOW para realização da simulação. Os resultados obtidos, foram 0,42 km2 de área total de deposição, distância total percorrida máxima de 2,09 km e mínima de 15,05 m e a altura final variando de 0,04 a 0,39 m, em relação aos pontos de iniciação, destaca-se o ponto 112 que percorreu 2,09 km afetando uma área de 27.775,00 m2 , salientando também a influência das áreas de iniciação de fluxo, assim como a declividade como um dos principais agentes de espalhamento. Além disso, foi possível a geração da informação de propagação do fluxo de detritos, demostrando o comportamento da bacia hidrográfica do rio Timbé em relação a esse tipo de fenômeno. Posto isto, constatou-se que as áreas de deposição se concentraram em região de vegetação, não contemplando áreas antropizadas. Na qual podemos concluir que além dos fatores condicionantes para a ocorrência de um evento, a área de iniciação de fluxo é um fator de grande influência. Por fim, conclui-se que a bacia do rio Timbé é suscetível a escorregamentos translacionais rasos, assim como possui um potencial significativo a movimentos de massa. O modelo SHALSTAB demonstrou ser uma boa ferramenta para determinação das áreas com predisposição a escorregamentos, assim como o SIRDEFLOW para a determinação de alcance e altura final dos fluxos de detritos. O que poderia representar ser mais uma ferramenta de auxílio aos gestores no planejamento urbano, políticas urbanas, zoneamento, planos preventivos de defesa civil, etc.