Modelagem aplicada à fenologia de macieiras 'Royal Gala' e 'Fugi Suprema' em função do clima, na região de Vacaria, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cardoso, Loana Silveira
Orientador(a): Bergamaschi, Homero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/33327
Resumo: A produção de maçãs no sul do Brasil é limitada por condições climáticas. Temperaturas baixas e contínuas no inverno são indispensáveis para que as plantas iniciem um novo ciclo vegetativo, com brotação e floração adequadas. Além das temperaturas de inverno, as condições térmicas de primavera e verão também influem no desenvolvimento das plantas. Portanto, a fenologia de macieiras depende de condições climáticas. O objetivo principal deste trabalho foi ajustar modelos para estimar a ocorrência de estádios fenológicos de macieiras ‘Royal Gala’ e ‘Fuji Suprema’ em função do clima, na região produtora de Vacaria. Dados meteorológicos de 1983 a 2009, do município de Vacaria, foram cedidos pela Embrapa Uva e Vinho. As médias deste período foram comparadas às normais 1931-1960 e 1961-1990, e analisada a existência de tendência temporal. Dados fenológicos das cultivares foram obtidos em seis pomares, nos ciclos de 2003/2004 a 2009/2010. Caracterizou-se a fenologia média quanto ao número de dias e graus-dias acumulados. Foram ajustados modelos para estimar o número de dias entre o tratamento de quebra de dormência e eventos fenológicos posteriores, em função de horas de frio e temperatura do ar de cada período. A precipitação pluvial diferiu das normais e demonstrou tendência de aumento na primavera. Há tendência temporal de aumento da temperatura mínima do ar e redução do número de horas de frio. A disponibilidade de frio varia entre os anos, sendo os meses de maio a julho os que mais contribuem. As unidades de frio necessárias para superação da dormência de gemas das cultivares avaliadas não são atingidas, mesmo em anos com maior acúmulo de frio. Em pomares que recebem produtos para superação da dormência não é possível estimar início de brotação em função de frio acumulado. A fenologia varia entre safras, sobretudo em função da temperatura do ar. O número de dias entre eventos fenológicos aumenta à medida que diminui a temperatura mínima do ar. É possível estimar o número de dias entre o tratamento de quebra de dormência e eventos fenológicos posteriores em função de graus-dia acumulados. No entanto, as estimativas são mais precisas com o emprego de modelos que utilizam como variáveis preditoras graus-dia acumulados e temperaturas mínimas e médias do ar.