Estudos sobre qualidade vida e resiliência em crianças e adolescentes com transtorno bipolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kohmann, André Moura
Orientador(a): Zeni, Cristian Patrick
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179059
Resumo: Introdução: o transtorno bipolar é uma das mais graves doenças que podem acometer crianças e adolescentes. Estudos indicam que a qualidade de vida desta população é baixa. Apesar de existirem vários estudos sobre os resultados dos tratamentos psicofarmacológicos, poucos abordam de forma abrangente resposta funcional, como qualidade de vida e resiliência nesta população. Objetivos: dois estudos diferentes serão utilizados para esta dissertação. Através de um estudo transversal, mediremos níveis de qualidade de vida e de resiliência em crianças e adolescentes diagnosticados com transtorno de humor bipolar do Programa de Crianças e Adolescentes Bipolares/HCPA, comparando-as com as mesmas medidas realizadas em controles saudáveis. No outro estudo, um ensaio clínico aberto, avaliaremos possíveis mudanças na qualidade de vida após iniciar tratamento com aripiprazol em crianças e adolescentes com transtorno bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade comórbido. Métodos: no estudo caso-controle transversal, avaliamos a qualidade de vida e a resiliência de 31 crianças e adolescentes com transtorno bipolar e de 45 controles com desenvolvimento típico. A qualidade de vida de crianças foi aferida pela escala Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé (AUQEI) e a de adolescentes pela YQoL-R. A resiliência foi aferida pela escala Resilience Scale. Foi realizada uma comparação entre casos e controles, visando buscar diferenças entre as medidas. No ensaio clínico, a qualidade de vida de 12 adolescentes bipolares foi avaliada antes e após seis semanas de uso de aripiprazol através da escala Youth Quality of Life Instrument – Research version (YQoL-R). 6 Resultados: no primeiro artigo demonstramos diferenças significativas entre as pontuações dos pacientes e controles tanto em qualidade de vida quanto em resiliência, sendo a presença do transtorno bipolar o principal fator relacionado às diferenças encontradas. No segundo artigo, encontramos melhora significativa na qualidade de vida percebida após seis semanas de tratamento medicamentoso, assim como melhora nas escalas de avaliação clínica. A melhora na qualidade de vida não foi correlacionada a melhora dos sintomas de humor. Conclusões: o transtorno bipolar causa diminuição significativa da qualidade de vida e da resiliência em crianças e adolescentes. O tratamento com fármacos melhorou a pontuação na qualidade de vida perceptível dos pacientes. Futuras intervenções devem abordar não somente desfechos de sintomas, mas também resiliência e qualidade de vida nessa população.