Análise da violência motivada por racismo e intolerância religiosa, Brasil (2015 a 2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mahoche, Manuel Jorge
Orientador(a): Oliveira, Daniel Canavese de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224397
Resumo: Introdução: O racismo e a intolerância religiosa, configuram-se atualmente como problema de saúde pública em todo o mundo. Constitui-se em um problema social que impacta de maneira significativa o modo de viver, adoecer e morrer de grupos em situação de vulnerabilidade. Objetivo: Analisar as notificações das violências racial e intolerância religiosa no Brasil. Metodologia: Estudo ecológico, tipo série temporal de caráter exploratório com recurso a métodos quantitativos de dados de violência por racismo e intolerância religiosa no Brasil entre 2015 e 2018. Análises foram conduzidas segundo a motivação da violência, as variáveis independentes foram compostas pelas características da vítima, do agressor e da agressão. Para análise multivariada, foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: No período do estudo houve o registro de 1.267 casos de violência interpessoal, sendo 50,3% por racismo e 49,7% por intolerância religiosa. A violência física foi mais prevalente nos casos de intolerância religiosa (58,1%) e a violência psicológica foi prevalente nos casos descritos como racismo (70,3%), com idade compreendida de entre 25 e 59 anos (52,9%), de cor negra, vivendo com companheiro(a). As mulheres com baixo nível de escolaridade, vivendo sozinhas constituem as principais vítimas de violência racial e intolerância. Considerações finais: O racismo e a intolerância desafiam as sociedades marcadas fortemente por exclusão social, comprometendo os indicadores sociais, econômicos da população negra e grupos abandonados, enfrentando maiores obstáculos para conseguir posições de prestígio e de autonomia na sociedade. Os níveis baixos de escolaridade e a pobreza, fragilizam todo o tecido de atenção e proteção no atendimento e compreensão das desigualdades sociais e raciais.