Pedogênese e matéria orgânica de solos hidromórficos da Região Metropolitana de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva Neto, Luis de França da
Orientador(a): Inda Junior, Alberto Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26878
Resumo: Na Região Metropolitana de Porto Alegre, os solos hidromórficos são utilizados intensivamente na atividade agropecuária, constituindo um recurso de importância social, econômica e ambiental. Este estudo teve por objetivo discutir aspectos pedogenéticos e de uso e manejo de solos hidromórficos, pela avaliação de características morfológicas, físicas e químicas dos solos, bem como da composição estrutural e das frações físicas e químicas da matéria orgânica do solo (MOS). Foram coletadas amostras de seis perfis de solos hidromórficos, sendo quatro sob dois tipos de uso ou manejo. No primeiro estudo foram estudados quanto às suas características morfológicas, físicas e químicas, incluindo o ataque sulfúrico e dissolução seletiva de óxidos de ferro. No segundo estudo foram determinados o carbono orgânico total (COT), o C presente em frações físicas e químicas da MOS, e a composição estrutural e o grau de humificação da MOS pelas técnicas espectroscópicas de fluorescência induzida por laser (FIL), infra-vermelho com transformada de Fourier (FTIR) e ressonância magnética nuclear do 13C (RMN 13C CP-MAS). Os solos hidromórficos mostraram diferenças devido à pedogênese e variações devido à alteração de manejo dos solos. A alta relação silte/argila, argila de atividade alta em subsuperfície e valores de Ki elevados indicaram um baixo grau de intemperismo dos solos. O pH, teor de COT, saturação por bases, grau de hidromorfismo, e distribuição granulométrica foram mais sensíveis às alterações induzidas pelo uso e manejo, influenciando na classificação final dos solos. O teor de COT foi inferior em solos sob usos mais intensivos, representando, em alguns casos, impacto na qualidade dos solos e no meio ambiente. A distribuição das frações físicas da MOS foi alterada pelo uso e manejo do solo, sendo o carbono orgânico particulado associado ao cultivo com arroz. A distribuição das frações químicas da MOS mostrou um predomínio de humina em todos os solos, e abundância de frações orgânicas de baixo peso molecular e ácidos húmicos em solos sob uso mais intensivo. Os resultados revelaram forte associação dos aspectos estruturais da MOS com a pedogênese. Dentro de um mesmo solo diferentes formas de utilização (tipo de cobertura vegetal, sistema de manejo e práticas de fertilização) alteraram a composição estrutural da MO dos solos hidromórficos. O grau de humificação da MOS avaliado pela técnica de FIL e o índice de decomposição avaliado por RMN 13C CP-MAS, variaram de acordo com os pedoambientes avaliados, sendo maiores nos perfis sob uso mais intensivo.