Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Santos, Naiane Melissa Dartora |
Orientador(a): |
Ceccim, Ricardo Burg |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/40486
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Resumo: |
Esta dissertação, em vista do projeto nacional de mudanças na graduação ensejado pelas atuais orientações curriculares à área da saúde, trata do processo avaliativo no ensino médico. Embora o foco seja na educação médica, possibilita transposição às outras áreas do conhecimento que, com a Medicina, compartilham do campo da educação em ciências da saúde. O trabalho de pesquisa se fez como um estudo de caso em um curso de Medicina, cuja mudança curricular relativa às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), atingiu o conjunto de suas turmas, independentemente do ano de ingresso dos alunos. O estudo de caso utilizou-se, então, das DCN e as mudanças curriculares no curso médico da Universidade de Caxias do Sul, estado do Rio Grande do Sul. O estudo toma o processo avaliativo como componente do processo formativo a ser enfocado e valorizado durante a educação médica. Explora, junto aos professores de Medicina, a presença – na avaliação – das habilidades e competências colocadas pelas DCN/Medicina e o seu desenvolvimento como perfil do egresso, escolhendo aquelas que sugerem maiores traços de mudança ao pensamento médico-hegemônico (liberal-privatista, orientado às doenças e na posição superior do profissional em relação ao trabalho na saúde). Se o modelo hegemônico de prática e ensino médico deve, segundo as DCN, mudar, pergunta-se se a sua reversão é objeto e objetivo de avaliação. Tendo como contexto as habilidades e competências arroladas como específicas, a pesquisa procurou considerar a intenção dos docentes em buscar a aproximação críticocolaborativa com o sistema de saúde vigente no país, a integralidade no cuidado à saúde e a vivência e valorização do trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar. Ciente de que o desenvolvimento destes aspectos coloca-se como diferencial do modelo hegemônico, este estudo se deparou com uma realidade de avaliação educativa que tem nos processos de desenvolvimento cognitivo e afetivo um processo de subjetivação inalterado e uma prática médica cristalizada. Ao perscrutar esta realidade em entrevista com docentes médicos, este estudo permitiu uma reflexão e uma tomada de consciência de que as mudanças colocadas pelas DCN geraram alterações na instituição de formação e no currículo (formato e conteúdos), mas não geraram os valores e rumos da mudança (seja no perfil do egresso, seja na forma de praticar o cuidado em saúde), uma vez que não se expressam em estratégias avaliativas de sua aquisição ou desenvolvimento e nem avaliação do ensino ou institucional da educação médica. Aponta-se a avaliação como componente formativo e, nesse sentido, ela se faz mais em divergência que em sua convergência com as DCN/Medicina no que se refere a uma outra formação profissional em saúde, em disruptura com a racionalidade médico-hegemônica. O desafio, entretanto, foi lançado e o caminho já está anunciado, cabe a nós avançarmos por ele. A avaliação é o orientador qualificado dos percursos a fazer entre professores, com os alunos e na instituição. |