Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Umpierre, Roberto Nunes |
Orientador(a): |
Goldim, José Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249490
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Resumo: |
Introdução: no final do ano de 2019 casos de uma pneumonia atípica causando grave adoecimento na cidade de Wuhan, na China, chamaram a atenção do mundo e as consequências catastróficas da Doença causada pelo Novo Coronavírus de 2019 (COVID-19) ainda estão em desenvolvimento no primeiro semestre de 2022. Com as restrições necessárias para conter o vírus, os serviços de saúde precisaram se reinventar para não deixar de atender seus pacientes ambulatoriais. Comparada ao resto do mundo, mas principalmente aos países de alto desenvolvimento humano, a legislação brasileira encontrava-se, no início da pandemia por COVID-19, vinte anos atrasada, não permitindo a realização de consultas médicas remotas. Entre os meses de março e abril de 2020, tanto uma portaria do Ministério da Saúde, quanto uma lei federal autorizaram a realização de atendimentos a distância enquanto durassem os efeitos desta pandemia. Várias características permitiram ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) posicionar-se na vanguarda do oferecimento de consultas remotas durante a pandemia, tais como proximidade institucional com o Núcleo Técnico-Científico de Telessaúde do Rio Grande do Sul, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, presença de sistemas de prontuários e de gestão informatizados e em atualização constante há décadas e apoio institucional por parte da direção do Hospital. O impacto das consultas remotas tem sido avaliado em diversas dimensões e estudos tem demonstrado efeitos positivos na redução da emissão de gases de efeito estufa com intuito de melhorar a saúde planetária. Método: esta tese é composta por três estudos. Um estudo descritivo das características que permitiram ao HCPA a rápida implantação da nova modalidade de atendimento; um estudo transversal que apresenta a produção e as características das consultas remotas realizadas pelo HCPA ao longo do ano de 2020; e um estudo transversal que estimou a redução da pegada de carbono com a realização dessas consultas no primeiro ano da pandemia. Resultados: realizou-se entre 17 de março e 31 de dezembro de 2020 um total de 52.878 consultas remotas atendidas por 849 profissionais diferentes de variadas especialidades médicas, profissões da saúde e níveis de formação. A soma das distâncias deixadas de percorrer com a realização dessas consultas foi de 4.108.208 quilômetros que geraram a redução da emissão de 939,64 toneladas de gases de carbono na atmosfera. Conclusões: Os estudos dessa tese demonstram que é factível para um hospital público universitário como o HCPA implantar as consultas remotas em larga escala e em diversas especialidades médicas e profissões da saúde de forma ágil e abrangente, beneficiando pacientes com redução de deslocamentos e consequentemente a saúde planetária. |