Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1985 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Luiz Felipe Santos |
Orientador(a): |
Kopstein, Jaime |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198965
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Resumo: |
A identidade de alterações morfol6gicas das hemácias no sedimento urinário vem sendo relatada como método apto para a detecção da origem glomerular destas células. O presente trabalho consiste num estudo do sedimento urinário em 93 pacientes portadores de hematúria (cuja etiologia foi glomerular em 46, e não-glomerular em 47), mediante microscopia de contraste de fase. As hemácias foram contadas e, quanto à morfologia, classificadas em dism6rficas ou isom6rficas, calculando- se suas percentagens em cada exame. Buscou-se verificar ainda a ocorrincia de cilindros com hemácias e avaliaramse a densidade, o pH e a presença de proteína. Os objetivos principais do trabalho consistiram na averiguação da eficácia da técnica da morfologia das hemácias no sedimento urinário (MHSU) como método de detecção da hematúri a glomerular, comparando-a com outros indícios de doença glomerular, como a presença de cilindros com hemácias e de proteinúria. Visou-se estabelecer os níveis percentuais de hemácias dism6rficas que mais adequadamente se correlacionam com o diagn6stico de hematúria glomerular. Empregou-se a microscopia eletrônica de transmissão para estudar o sedimento urinário de 4 pacientes com hematúria glomerular, no intuito de melhor observar e compreender as alterações morfológicas das hemácias dismórficas. Obteve-se diferença significativa (p<O ,05) entre as percentagens de hemácias dismórficas presentes na urina de pacientes com hematúria glomerular e não- glomerular. Houve associação significativa (p<O ,OS) entre a presença de dismorfismo, definido por diferentes níveis percentuais de hemácias dismórficas, e o diagnóstico clínico-laboratorial de hematúria glomerular. A máxima especificidade e o mais alto valor preditivo positivo (100%), mantendo-se suficiente sensibilidade (86 ,9%), ocorreram quando adotadas como critério de dismorfismo, percentuais iguais ou superiores a 65% de hemácias dismórficas. Constatou-se diferença significativa (p<O,OS) entre a técnica da MHSU e a presença de proteinúria patológica, como métodos de detecção da hematúria glomerular.As alterações morfológicas mais freqUentemente observadas nas hemácias dismórficas foram amplas variações de tamanho e forma, com distribuição irregular da hemoglobina em seu interior, e perda da superfície lisa pela presença de emissões citoplasmáticas (espículas). Ficou demonstrado que a técnica da MHSU constitui método eficaz para determinar a origem glomerular da hematúria, sendo superior à ver i fi cação da proteinúria e obtendose melhor correlação com o emprego de percentagens iguais ou superiores a 65% de hemácias dismórficas. Por isso, revela-se como valioso recurso auxiliar para o diagnóstico diferencial da hematúria. |