Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Bruno da Silveira |
Orientador(a): |
Prolla, Patrícia Ashton |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276124
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Resumo: |
A variante germinativa rara TP53 rs78378222 (A>C) é localizada na região não traduzida 3' do gene TP53. Essa alteração está associada a um aumento geral no risco de desenvolvimento de câncer, bem como um risco elevado de neoplasias específicas, incluindo glioma, câncer de próstata, adenoma colorretal e neuroblastoma. O efeito funcional da variante é atribuído a mudança no sinal de poliadenilação do gene, que interfere na regulação negativa da expressão gênica via miRNAs e reduz os níveis de expressão de p53. As frequências alélicas variam na população geral: 1,3% em europeus, 0,21% em afro-americanos e 0,23% em latino-americanos e americanos miscigenados. No Brasil, a frequência na população geral da região sudeste é de cerca de 0,6%. Enquanto isso, em coortes do sul do Brasil, as frequências foram de 2,7% em pacientes com Li Fraumeni sem variante patogênica identificável e 0,65% em adenocarcinoma de próstata germinativo. Considerando o impacto da variante, a frequência alélica na nossa população, a presença importante de alterações somáticas em TP53 no MM e o fato de que a frequência da variante em portadores da neoplasia é desconhecida, justifica-se a análise da variante em casos de MM. Com o objetivo de determinar as frequências genotípicas e alélicas de TP53 rs78378222 (A>C) em pacientes diagnosticados com MM, realizamos um estudo retrospectivo utilizando amostras de sangue periférico obtidas de dois hospitais no sul do Brasil. A genotipagem da variante foi realizada com o ensaio TaqMan® de discriminação alélica, identificando dois pacientes heterozigotos com a variante alélica dentre as 86 amostras analisadas. Ambos os portadores não possuíam histórico prévio de neoplasias e foram diagnosticados aos 34 e 63 anos de idade, respectivamente. As frequências genotípicas e alélicas resultantes foram de 2,32% e 1,16%, respectivamente. A prevalência identificada da variante alélica é maior do que a descrita anteriormente para a população geral e em estudos anteriores que relataram uma frequência genotípica de 1% em grupo controle no Sul do Brasil. O presente estudo é o primeiro relatório sobre a prevalência de TP53 rs78378222 (A>C) em casos de MM. No entanto, um tamanho de amostra maior permitiria uma análise mais abrangente, incluindo correlações entre genótipo e fenótipo. Se confirmada a alta frequência da variante alélica, faz-se necessário um novo estudo prospectivo investigando amostras germinativas e somáticas. Além disso, uma avaliação minuciosa do efeito dessa variante na progressão do MM tem o potencial de avançar nossa compreensão da doença e trazer informações relevantes para o seu manejo. |