Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martínez, Magdalena Mayol |
Orientador(a): |
Rösing, Cassiano Kuchenbecker |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249506
|
Resumo: |
Antecedentes: A gengivite induzida por placa e a periodontite, são patologias muito prevalentes e a canabis é a droga psicoativa mais consumida. O número de países que legalizam a utilização recreativa da canabis é cada vez maior, porém, sabe-se pouco sobre algum possível efeito nos tecidos periodontais. Pela alta prevalência das doenças periodontais e o grande número de fumantes de canabis no mundo, passa a ser de fundamental importância estudar qualquer possível relação em profundidade. Objetivo: Avaliar o estado periodontal em fumantes de canabis e compará-lo com o de não fumantes da droga. Métodos: Os estudos elegíveis foram: estudos de coorte, caso-controle, transversais e série de casos. Assim como, estudos coincidentes com a seguinte estrutura: Population, Exposure, Comparison, Outcome (PECO); P: humanos dentados, E: fumantes de canabis, C: não fumantes de canabis, O: desfechos primários: definição de caso de Periodontite, perda de inserção clínica, profundidade da sondagem. Desfechos secundários: sangramento à sondagem/ inflamação gengival, índice de placa e cálculo. Foi feita uma busca eletrônica até maio de 2019 nas seguintes bases de dados: MEDLINE via PubMed, Cochrane Library, SCOPUS, BVS, LILACS e SciELO. Acrescente-se: Google Scholar, Science.gov, GreyLit, Open Grey e outras, além de uma busca manual. Resultados: Foram revisados 2661 artigos, do quais 14 foram incluídos na análise qualitativa. Um dos estudos é prospectivo (de coorte) e dez são transversais, dos quais quatro são descritivos. Dados a partir do estudo de coorte evidenciam que os participantes que estão dentro do 20% de maior exposição tinham um risco superior de progressão de perda de inserção clínica (PIC). Três estudos de desenho transversal, que analisaram a ocorrência de periodontite, demostraram piores condições periodontais em fumantes de canabis, quando comparados com não fumantes da droga. Ao considerar fumantes de tabaco, um quarto estudo encontrou maior prevalência de periodontite em fumantes de canabis. O quinto estudo que avaliou o estado periodontal em consumidores de multi-drogas, reportou que todos os participantes tinham alguma forma de periodontite. Porém, um sexto estudo não encontrou associação entre o “uso regular da canabis” e PIC ≥3mm, independentemente da categoria de tabaco acessada. Finalmente, outros três 9 estudos de serie de casos também não detectaram associação entre fumar maconha e a periodontite. A análise da qualidade dos estudos incluídos com a escala Newcasttle Otawa mostrou que três foram de qualidade alta, dois de qualidade moderada e seis de qualidade baixa. Conclusão: Com base na evidência disponível, fumar canabis frequentemente pode ser prejudicial para os tecidos periodontais dependendo da dose; porém, é preciso aprofundar mais o conhecimento sobre o tema. |