Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Eduardo Elisalde |
Orientador(a): |
Schwindt, Luiz Carlos da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213051
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Resumo: |
Este estudo descreve a produtividade da derivação regressiva no português brasileiro (PB) sob a ótica da vogal final. Questionando a aparente aleatoriedade ou impredizibilidade da seleção da vogal final (o, a ou e) nas palavras formadas por derivação regressiva (ex. abandono < abandonar; combate < combater; fuga < fugir), este estudo tem por objetivo descrever os fatores linguísticos envolvidos nos padrões de produtividade da derivação regressiva a partir da análise de três amostras do léxico: (i) léxico dicionarizado; (ii) léxico institucionalizado e (iii) léxico potencial. Para isso, esta pesquisa toma como base a noção de produtividade em dois âmbitos, disponibilidade e rentabilidade (CORBIN, 1987), e assume, como base para os procedimentos metodológicos, a noção de armazenamento de exemplares no léxico (PIERREHUMBERT, 2001). Em primeiro lugar, observou-se a disponibilidade no léxico dicionarizado do PB por meio dos Dicionários Eletrônicos Aurélio e Houaiss. Os dados coletados foram, então, codificados, a partir de fatores linguísticos. Posteriormente, verificou-se a frequência lexical no léxico institucionalizado (Corpus Brasileiro) e os padrões de produtividade no léxico potencial (experimento online). Os resultados do experimento online foram comparados aos padrões morfológicos e fonológicos encontrados no léxico dicionarizado e no léxico institucionalizado. Em termos gerais, há convergência na distribuição das três vogais finais nas duas amostras de léxico. Os resultados também apresentam convergências para os fatores linguísticos conjugação verbal, número de sílabas e onset da última sílaba, e divergências, em complexidade morfológica, vogal média tônica e modo de articulação do contexto precedente. O experimento online replica o padrão geral do PB de alta frequência de verbos da primeira conjugação e das vogal final a, além de também apresentar alta incidência da vogal o, o que pode ser reflexo da tensão entre o predomínio de palavras femininas terminadas em a no padrão geral dos substantivos no português brasileiro e a frequência superior de palavras masculinas terminadas em o nos nomes deverbais formados por derivação regressiva. Além dessas duas forças, padrão feminino geral (a) e padrão masculino para deverbais (o), parece ter um papel relevante na seleção da vogal final o padrão sonoro final TA/DA e TE/DE. |