Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Paula Beatriz de |
Orientador(a): |
Bond-Buckup, Georgina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/84907
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Resumo: |
A espécie de isópodo terrestre Atlantoscia floridana (van Name, 1940) tem uma distribuição geográfica conhecida desde os Estados Unidos (Flórida) até o norte da Argentina. No Estado do Rio Grande do Sul a espécie é registrada em muitas localidades, tanto em áreas urbanas como não urbanas. O presente trabalho apresenta dados sobre o desenvolvimento pós-marsupial e ecologia populacional de A. floridana. As amostragens foram obtidas de ABR/00 a OUT/01 na Reserva Biológica do Lami, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Para o estudo do desenvolvimento pós-marsupial, fêmeas ovígeras foram mantidas separadamente em pequenos potes a uma temperatura de 20˚ C ( ±1˚ C). Depois do nascimento cada recém-nascido (manca I) foi mantido separadamente de maneira a observar as mudas subseqüentes. Em um período de aproximadamente 12 horas os animais realizaram a primeira muda. O estágio de manca II durou 9,16 ± 1,57 dias, enquanto manca III durou um período 9,96 ± 1,05 dias. O crescimento foi observado através das medidas da largura do cefalotórax. Os três estágios de manca são descritos, ilustrados e comparados com o adulto. As principais características diagnósticas entre as mancas I, II e III são apresentadas, bem como as coordenadas b/c e d/c dos noduli laterales. De maneira a estudar a diferenciação e tamanho da maturidade sexual, os juvenis foram mantidos em laboratório e medidos da mesma forma como apresentado acima. Os estágios juvenis foram observados e o desenvolvimento dos poros genitais femininos e da genitália masculina foram descritos. Com base na menor fêmea ovígera, a maturidade sexual foi estimada em 1,04mm de largura do cefalotórax. Para os machos uma relação morfométrica entre a largura do cefalotórax e o comprimento da papila genital indicou a maturidade sexual em 0,7mm de largura do cefalotórax. Seis e três estágios juvenis foram reconhecidos para fêmeas e machos, respectivamente. Os machos atingem a maturidade com a idade de um mês e meio e as fêmeas, em torno dos três meses. A curva de crescimento para A. floridana é apresentada com base em dados de campo. Os animais capturados foram sexados, tiveram a largura do cefalotórax medida e o crescimento foi analisado através do modelo de von Bertalanffy. A curva de crescimento para machos e fêmeas é descrita pelas respectivas equações: Wt = 1,303 [1 - e –0,00941 (t + 50,37)] and Wt = 1,682 [1 - e –0,0575 (t + 59,13)]. As curvas mostraram crescimento diferencial entre os sexos com as fêmeas atingindo maior W∝ com uma taxa de crescimento menor. Com a curva de crescimento foi também possível estimar a expectativa de vida para machos e fêmeas. Um total de 7.833 indivíduos foi amostrado ao longo do período de 19 meses. Destes, 2.792 eram machos, 3.400 fêmeas e 1.691 eram mancas. Houve uma diferença significativa entre o tamanho de machos e de fêmeas coletados em 2000 e 2001, com um tamanho médio menor no segundo ano devido a ausência de indivíduos nas classes de maior tamanho. A densidade populacional variou ao longo das estações; a população mínima foi de 131 indivíduos, a máxima 1.040 e a média de 450 m-2. A proporção sexual operacional favoreceu os machos e não mostrou mudança com as estações. Com base na presença de fêmeas ovígeras e pós-ovígeras ao longo do ano, a reprodução é considerada contínua. Contudo, o pico da reprodução ocorre no outono e na primavera. As fêmeas ovígeras foram medidas (CW=largura do cefalotórax) e o número de ovos foi contado. A fecundidade (F) variou de 5 a 23 ovos (x = 11,18 ± 3.64) por fêmea e é expressa pela regressão F= -18,48 + 22,59 CW, com a largura do cefalotórax variando de 1,04 a 1,68 mm. A mortalidade no marsúpio foi somente 0,91% e a produção de ovos na primavera foi 588 m –2 e durante o outono, 660 m–2. O recrutamento ocorreu em todos os meses e ovos, embriões e mancas marsupiais também estiveram presentes durante todo o ano. Atlantoscia floridana é a espécie de isópodo terrestre dominante na área de estudo, sendo a característica mais notável o seu investimento reprodutivo. |