Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Roithmann, Renato |
Orientador(a): |
Menna Barreto, Sérgio Saldanha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/207061
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Resumo: |
ESTUDO I - 0 EFEITO DO DILATADOR NASAL EXTERNO NA GEOMETRIA E FUNÇÃO DA ÁREA DA VÁLVULA NASAL NORMAL OU COLAPSADA Este estudo teve como objetivos investigar, por rinometria acústica, a área da válvula nasal em indivíduos normais e em pacientes com insuficiência da válvula nasal pós-rinoplastia estética bem como o efeito de um dilatador nasal externo e de um descongestionante tópico nesses casos. Além da geometria nasal, foram avaliadas a resistência nasal ao fluxo aéreo e a sensação de permeabilidade nasal. A amostra de válvulas nasais normais constitui-se de cavidades nasais de indivíduos sem queixa de obstrução nasal e com rinoscopia anterior e resistência nasal unilateral normal. A amostra de válvulas nasais obstruídas constitui-se de cavidades nasais de indivíduos com queixa de obstrução nasal pós-rinoplastia estética e com teste de Cottle positivo. Todos os participantes foram testados antes e após a aplicação de um descongestionante nasal tópico e com e sem a aplicação de um dilatador nasal externo. Em 79 cavidades nasais normais, a área da válvula nasal mostrou dois sítios de constricção na rinometria acústica. O primeiro mediu O, 78 cm2 e localizou-se a 1, 18 em da narina. O segundo mediu O, 70 cm2 e localizou-se a 2.86 em da narina. A aplicação do descongestionante tópico aumentou a área da segunda constricção (p < 0,000 l) mas não da primeira. O dilatador externo aumentou a área de secção transversal nos dois sítios de constricção da válvula nasal normal (p < 0,0001). Os resultados em relação ao fluxo aéreo corresponderam às variações da geometria nasal, ou seja, ocorreu uma diminuição da resistência nasal com ambos- descongestionante tópico e dilatador externo. Os indivíduos notaram uma melhora na sensação de permeabilidade nasal tanto com a aplicação do decongestionante tópico como com o dilatador nasal externo. Em 26 cavidades nasais com colapso pós-rinoplastia estética, apenas um sítio de constricção foi detectado pela rinometria acústica. O mesmo mediu 0,34 cm2 a 2.55 em da narina e 0,4 cm2 a 2,46 em da narina, respectivamente, antes e após a aplicação de um descongestionante nasal tópico. Não houve melhora na sensação de permeabilidade nasal com o descongestionante tópico. A aplicação do dilatador nasal externo aumentou a área de secção transversal mínima para 0,64 cm2 (p < 0,000 I), e houve marcado alívio sintomático. Os resultados em relação a resistência nasal corresponderam às variações da geometria nasal, ou seja, ocorreu uma redução importante com a aplicação do dilatador externo (p < 0,0001) e uma menos expressiva redução com o descongestionante tópico (p < 0,01). A partir da análise dos resultados, pudemos concluir que a área da válvula nasal em uma amostra de pacientes com obstrução nasal pós-rinoplastia estética é menor do que a verificada em uma amostra de indivíduos normais. A área da válvula nasal normal apresenta dois sítios de constricção, sendo o segundo, na cabeça do cometo inferior no orificio piriforme, o de menores dimensões transversais. A geometria e a função da área da válvula nasal encontram-se alteradas em pacientes com obstrução nasal pós-rinoplastia estética e teste de Cottle positivo, e a aplicação de um dilatador nasal externo é uma alternativa terapêutica eficaz nesses casos. ESTUDO 11 - 0 EFEITO DO DILATADOR NASAL EXTERNO NA OBSTRUÇÃO DA ÁREA DA VÁLVULA NASAL POR DESVIO DE SEPTO OU CONGESTÃO DE MUCOSA Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do dilatador nasal externo em pacientes com obstrução nasal secundária a congestão de mucosa ou a desvio de septo nasal na área da válvula nasal. Rinometria acústica, rinomanometria e avaliação da sensação de permeabilidade nasal foram realizadas com e sem a aplicação de dilatador nasal externo e antes e após a aplicação de descongestionante nasal tópico. A amostra de válvulas nasais normais constitui-se de cavidades nasais de indivíduos sem queixa de obstrução nasal e com rinoscopia anterior e resistência nasal unilateral normal (resistência nasal unilateral após descongestionante tópico < 0,35 ± 0,05 Pa/cm3 /s). Pacientes com queixa de obstrução nasal e cavidades nasais com no mínimo 50% de bloqueio por desvio de septo na área da válvula nasal pela rinoscopia anterior e resistência nasal unilateral > 0,4 Pa/cm3/s constituíram o grupo com defeito estrutural (n=28). Pacientes com queixa de obstrução nasal e cavidades nasais com no mínimo 50% de bloqueio por congestão de mucosa pela rinoscopia anterior e resistência nasal unilateral > 0,4 Pa/cm3/s constituíram o grupo com defeito de mucosa (n=35). O dilatador nasal externo produziu significativo aumento da área transversal mínima e diminuição da resistência nasal ao fluxo aéreo em todos os três grupos. O efeito foi mais expressivo no grupo de pacientes com obstrução da válvula nasal por desvio de septo (p < 0,001 ). As avaliações subjetivas da permeabilidade nasal ret1etiram as variações das aferições objetivas em todos os grupos, com exceção do grupo com congestão de mucosa nasal. Nesse grupo, apesar do aumento da área de secção transversal mínima e da diminuição da resistência nasal com a aplicação do dilatador nasal externo, não houve melhora na sensação de obstrução nasal. O dilatador não alterou o volume nasal nesses casos. O descongestionante tópico, produziu além de aumento na área transversal mmuna e redução na resistência, grande aumento no volume nasal, acompanhados de marcado alivio sintomático. Os resultados deste estudo permitiram concluir que o dilatador nasal externo alivia a obstrução que ocorre secundária a desvio de septo na área da válvula nasal. Pacientes com obstrução nasal e congestão de mucosa na área da válvula nasal não parecem ser beneficiados com a aplicação desse dispositivo. |