Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gabriela Feix |
Orientador(a): |
Corção, Gertrudes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/264248
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Resumo: |
O impacto da ação bacteriana na indústria de óleo e gás se estende desde a extração do petróleo e armazenagem até o processo de transporte e refino. Um das maiores fontes de contaminação microbiológica é a água produzida, cuja composição físico-química varia de acordo com as condições geográficas e com os processos químicos específicos de cada plataforma. Alguns grupos bacterianos como as bactérias redutoras de sulfato (BRS) e as bactérias produtoras de ácido (BPA) são comumente encontrados na água produzida e seu desenvolvimento está relacionado com o aumento da geração de sulfeto de hidrogênio (H2S), com o aumento das taxas de corrosão em estruturas metálicas e, até mesmo, com entupimento de dutos e filtros pelo acúmulo de biofilmes. A aplicação de biocidas é uma alternativa de mitigação para essa problemática. Entretanto, o emprego de biocidas sem a seleção e o monitoramento adequados induzem a aplicação de subdosagens que acarretam o aumento da pressão seletiva, selecionando bactérias mais resistentes. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as diferenças na composição do microbioma de diferentes amostras de água produzida, e como estas diferenças impactam na resistência bacteriana aos biocidas comumente utilizados na indústria de petróleo. O sequenciamento de amplicons do gene 16S rRNA foi utilizado para avaliação de taxonomia das amostras de água produzida e avaliações de concentração inibitória mínima (CIM), inibição e erradicação de biofilmes foram utilizadas para avaliação da resistência aos biocidas. As avaliações de taxonomia das amostras de água produzida indicaram composições microbiológicas diferentes entre todas as amostras avaliadas. A CIM dos consórcios de BPA e BRS variou conforme o biocida. Entretanto, quando avaliados os biofilmes, o biocida mais utilizado em campos de petróleo brasileiros, sulfato de tetrakis(hidroximetil)fosfônio (THPS), demonstrou tendência de aumento na formação de biofilmes, mesmo utilizando sobredosagem. Em relação à manutenção do microbioma de BRS após o enriquecimeno em meio de cultura, observou-se uma maior diversidade na água produzida, o que demonstra que a maior parte das BRS presentes nas amostras não eram cultiváveis. Esses resultados levantam um alerta relacionado à necessidade do planejamento detalhado de tratamentos de controle microbiológico na indústria de petróleo, destacando-se a importância da seleção de métodos de monitoramento adequados, que representem o cenário microbiológico encontrado nas plataformas. |