Transplante renal em crianças com peso inferior a 15 kg : acesso cirúrgico extraperitoneal: experiência em 62 transplantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vitola, Santo Pascual
Orientador(a): Kruel, Cleber Dario Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/32881
Resumo: Crianças pequenas representam um grupo desafiador no transplante renal. O estudo analisa os resultados, do ponto de vista cirúrgico, do transplante renal em crianças com peso inferior a 15 kg utilizando o acesso cirúrgico extraperitoneal. Métodos: Foram revisados retrospectivamente os prontuários de 62 crianças com peso inferior a 15 kg submetidas a transplante renal entre 1998 e 2010, utilizando o acesso extraperitoneal e anastomose dos vasos renais dos doadores com a aorta ou artéria ilíaca comum e com a veia cava inferior ou ilíaca comum dos receptores. O ureter foi anastomosado à bexiga pela técnica extravesical de Lich- Grégoir. Resultados: Dos 62 transplantes, 32 enxertos (51,6%) eram provenientes de doadores vivos e 30 (48,4%) de doadores falecidos, sendo 28 deles pediátricos. A média de idade no transplante foi de 3,7 ± 2,2 anos (1 a 12), e o peso médio, de 12,3 ± 2,1 kg (5,6 a 14,9), sendo que 10 tinham peso inferior a 10 kg. Em 10 crianças (16,1%) o transplante foi preemptivo e em 5 (8,1%) havia trombose do sistema venoso prévio ao transplante. Em 1 e 5 anos, a sobrevida do paciente foi de 93,2% e 84,2% e a sobrevida do enxerto de 85,2% e 72,7%, respectivamente, sem diferença entre doadores vivos e falecidos. A função do enxerto com doador vivo foi melhor em 1 e 3 meses, mas a partir do 6o mês foi similar. Houve 6 complicações vasculares, sendo 4 tromboses vasculares, 1 laceração e 1 estenose de artéria renal e 2 coleções líquidas. Houve 17 perdas de enxerto, 6 por morte, sendo 5 com enxerto funcionante, 5 por complicações cirúrgicas, 3 por rejeição crônica e 3 por recorrência da doença de base. Conclusão: O acesso extraperitoneal é uma técnica válida no transplante renal de crianças com peso inferior a 15 kg, assegurando boa sobrevida do paciente e do enxerto e aceitável taxa de complicações, independentemente do tipo de doador, se vivo ou falecido, ou do tamanho do enxerto, se de adulto ou de criança.