Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Neis, Míriam |
Orientador(a): |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188721
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Resumo: |
Cuidados Paliativos são recomendados pela OMS, desde 1990, como alternativa para tratamento de indivíduos com doenças incuráveis e avançadas, visando uma vida restante com mais qualidade e um processo de morrer sem sofrimentos. No universo pediátrico, são recomendados nos casos em que nenhum tratamento pode alterar substancialmente a esperada progressão da doença ou da condição clínica da criança em direção à morte. O processo de decisão e comunicação de adoção de Cuidados Paliativos em UTI Pediátrica configura-se como um desafio para os profissionais, devido aos dilemas éticos e à carga emocional que este tipo de situação gera nos familiares e na própria equipe de saúde. Assim, o objetivo desta pesquisa é compreender como se desenvolvem os processos de comunicação da equipe multidisciplinar entre si e com a família da criança internada no momento de decidir sobre a adoção de medidas paliativas, e quais sentimentos estão envolvidos neste cenário. Para isso, um estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa foi delineado e foram realizadas 11 entrevistas com Familiares, 15 questionários preenchidos por Médicos e 20 questionários preenchidos por Trabalhadores de Enfermagem após Reuniões para processo decisório de Cuidados Paliativos ocorridas de janeiro a novembro de 2017 na UTI Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os dados coletados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2004). A análise dos dados coletados revelou que dos 14 casos observados, em 10 deles houve efetividade comunicativa. Nos 4 casos considerados como inefetivos, ficou evidente que o processo de comunicação carece de técnicas de feedback para checar se houve compreensão e concordância de todas as partes acerca dos assuntos abordados. Sobre os sentimentos gerados nos atores da Reunião, após a identificação das unidades de significado, três temas centrais foram compostos: Experiências vividas pelas Famílias, Sentimentos experimentados pelos Profissionais Médicos e Sentimentos experimentados pelos Trabalhadores de Enfermagem. Foi possível concluir que efetividade não é o único elemento a conferir total adequação a este tipo de processo comunicativo. Como foi identificado pela análise dos depoimentos colhidos, elementos como melhor conexão psicológica, escolha de palavras mais brandas, demonstração de afeto e preocupação com os sentimentos da família fizeram falta em algumas situações. |