Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Tatiane de Cássia Xavier de |
Orientador(a): |
Amador, Fernanda Spanier |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276663
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Resumo: |
Esta dissertação propõe racializar o campo das Clínicas do Trabalho afirmando um compromisso com a luta antirracista. Para isso, realizamos a interlocução entre os operadores conceituais da Clínica da Atividade e os estudos sobre raça, interseccionalidade e subalternidade, propondo um diálogo entre esses diversos saberes na direção da proposição de uma Clínica Antirracista do Trabalho. A pesquisa foi desenvolvida junto a professoras negras que atuam na educação pública estadual do Rio Grande do Sul, mediante realização de encontros individuais e grupais por via virtual, devido à pandemia de Covid-19. Foram realizadas entrevistas individuais, quando as educadoras narraram suas trajetórias de vida e profissional, apontando o quanto a questão racial as compõe. Nos encontros grupais tratamos a respeito do exercício do ofício docente, destacando a atividade de sala de aula, analisando quais deslocamentos são necessários para seguirem agindo no trabalho em meio à violência racista cotidiana no âmbito do ofício docente. Ao longo deste estudo tornou- se pertinente problematizarmos o quanto a estilização do gênero profissional docente toma contornos singulares quando no embate aos valores da branquitude que se atualizam no âmago do ofício docente. Para isso, propomos o conceito de estilização marginal para demarcar esse modo de estilização do gênero profissional que as professoras participantes deste estudo vivenciam. Concluímos que o ofício docente se tece ancorado em valores da branquitude, sendo esses valores constantemente atualizados por entre suas instâncias – pessoal, transpessoal, impessoal e interpessoal – na busca da manutenção de práticas e valores racistas que constrangem o poder de ação dos docentes, constrangimento esse enfrentado por práticas de resistência. A não-racialização do campo clínico do trabalho contribui para a invisibilização da questão da raça nesse âmbito, mantendo uma lógica de subalternização dos educadores negros. Ao racializar o campo clínico do trabalho visibilizamos o quanto o ofício docente se tece em meio a embates entre valores racistas e antirracistas, tornando necessário o cultivo de mecanismos de resistência dos trabalhadores, que neste estudo se deram por meio das estilizações marginais. |