Entre prisões da imagem, imagens da prisão : um dispositivo tecno-poético para uma clínica do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Amador, Fernanda Spanier
Orientador(a): Fonseca, Tania Mara Galli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/16313
Resumo: Esta tese aborda os temas centrais da imagem e subjetivação, que se desdobram em outros três, de forma transversa: trabalho, que ganha a cena enquanto atividade, clínica, pensada por entre as formulações da Clínica da Atividade e dos procedimentos de Crítica e Clínica e tecnologias digitais de imagem, em seus potenciais de estetização de si e do trabalho. Situada em uma Casa Albergue Feminino, destinada a mulheres que cumprem pena em regime semi-aberto, a pesquisa teve como objetivo geral a criação de um campo de experimentação da atividade prisional pelo emprego de recursos tecnológicos de videografia digital junto a trabalhadoras agentes do sistema penitenciário. Assim, o eixo da tese consiste no dispositivo que propusemos para disparar uma análise das situações de trabalho na prisão, o qual intitulamos Tecno-Poético de Análise da Atividade, para fins de confrontação com situações do trabalho na prisão por meio do uso de câmera de vídeo e de computadores para edição de imagens. Exploramos, então, as peculiaridades da atividade de produção de imagens sobre o trabalho prisional ressaltando as imbricações entre ver, pensar e falar visando suas potencialidades para deflagrar um processo de pensamento por imagens acerca da atividade de trabalho, o que caracteriza uma vertente metodológica no percurso desta tese. Dedicamo-nos ainda, a uma vertente teórica, pela qual operamos um tensionamento conceitual visando abrir veredas no que se refere à construção de possibilidades para uma Clínica do Trabalho valendo-nos das ferramentas analíticas da Filosofia da Diferença, da Ergologia e da Clínica da Atividade, que enfatizam a afirmação do que está em vias de diferir no plano do pensamento em curso nas atividades de trabalho, enlaçando os planos dos fazeres profissionais, das tramas institucionais e da subjetivação. Buscamos uma espécie de expansão do poder de ver, por onde as cenas produzidas pelas agentes, com o uso da câmera e do software de edição, dão o testemunho de um processo pelo qual o pensamento sobre a atividade prisional foi acionado pelo próprio dispositivo imagético. Esta tese se inscreve na linha de pesquisa Interfaces Digitais em Educação, Arte, linguagem e Cognição.