Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sukop, Paula Herynkopf |
Orientador(a): |
Diemen, Lisia von |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143060
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Resumo: |
Introdução: o crack é uma forma extremamente aditiva de cocaína, provocando intensa fissura e um comportamento persistente e intenso de busca pela droga com negligência da alimentação. A alimentação insuficiente pode levar à carência de tiamina. O uso de latas e folhas de alumínio na confecção de cachimbos para o consumo de crack aumenta a exposição de usuários de crack a este metal. Deficiência de tiamina somada a acúmulo cerebral de alumínio pode inibir o metabolismo energético dependente da glicose, levando à neurodegeneração e, possivelmente, à encefalopatia de Wernicke. Objetivos: avaliação dos níveis sanguíneos de tiamina difosfato e de alumínio de dependentes de crack e comparação com os de controles. Método: estudo transversal controlado, avaliou 35 dependentes de crack e 35 controles, do sexo masculino, com 18 anos ou mais. Os casos foram recrutados entre pacientes internados na Unidade de Adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre ou na Emergência em Saúde Mental IAPI, os controles foram recrutados entre as pessoas que circulam na área ambulatorial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Todos participantes tiveram seu peso e estatura medidos e sangue coletado para determinação dos níveis de tiamina difosfato e de alumínio. Os casos passaram, também, por uma breve avaliação neurológica. Resultados: as características dos casos são semelhantes à amostra do principal estudo nacional sobre o uso de crack no Brasil: sexo masculino, cerca de 30 anos de idade, com baixa escolaridade, desempregados, usuários de múltiplas substâncias psicoativas, consumidores de crack há aproximadamente 8 anos. O índice de massa corporal dos casos foi significativamente mais baixo (p<0.0001). Seis casos (17.65%) apresentaram índice de massa corporal abaixo do normal. Dois casos apresentaram nível de tiamina abaixo dos valores de referência, enquanto os níveis dos controles estavam acima deste limite. Comparando os resultados do primeiro quartil do nível sanguíneo de tiamina dos casos (N= 9; mediana 3.6μg/dL, amplitude interquartil 3.05μg/dL -4.10μg/dL) com o dos controles (N=14, mediana 4.3μg/dL, amplitude interquartil 3.7μg/dL-4.4μg/dL), os casos apresentaram níveis significativamente mais baixos (p=0.024). Os níveis de alumínio dos casos que tiveram as amostras de sangue coletadas até 24h após o último consumo da substância, foram maiores (mediana1.85μg/L, amplitude interquartil0.65-4.425μg/L) que os dos controles (mediana 0.95μg/L, amplitude interquartil 0.7-1.22μg/L), mas esta diferença não atingiu significância estatística (p=0.07). Conclusões: dependentes de crack tem índice de massa corporal menor e estão mais expostos ao alumínio que os controles. Alguns tem deficiência de tiamina, a qual pode levar à encefalopatia de Wernicke e declínio cognitivo. Portanto, tiamina parenteral profilática deve ser considerada para alguns dependentes de crack. |