Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Rossato, Janine |
Orientador(a): |
Ribeiro, Jorge Alberto Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/17614
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Resumo: |
Esse estudo tem por objeto a atividade humana de trabalho, investigando-a no contexto da indústria calçadista do Vale do Rio dos Sinos, do ponto de vista dos processos de renormalização, tal como definidos pela perspectiva ergológica de Yves Schwartz. De acordo com essa abordagem, o trabalho concreto se desenvolve mediante confrontação permanente entre as normas prescritas e o trabalho efetivamente realizado, supondo encontros, debates de normas, negociações e escolhas, transpassadas pelos valores e pela história de cada um. É possível olhar para o trabalho não como um lugar onde tudo já está posto, mas como um lugar onde ocorrem criações e ajustes permanentes. A dissertação inicia com uma contextualização histórica e social do trabalho, seguida de uma apresentação das concepções taylorista, fordista e toyotista de gestão e organização do processo produtivo. Logo após, de um lado faz-se uma breve abordagem das teorias de Marglin e Braverman, que tratam o trabalho como um espaço marcado pelo controle e pela desqualificação, conseqüências diretas da lógica capitalista. De outro lado, discutem-se as teorias de Burawoy e Schwartz, que abordam o processo de trabalho não apenas como um espaço de coerção e sujeição, mas, simultaneamente, de consentimento e de renormalizações. A aplicação desse quadro teórico ao trabalho na indústria calçadista do Vale do Rio dos Sinos demanda, em seguida, a caracterização do processo produtivo desse setor fabril, em particular na cidade de Nova Hartz, campo da pesquisa empírica. Através de um estudo de caso em uma empresa, onde se vivenciou, durante 21 dias, a condição de trabalhadora, buscou-se conhecer em profundidade como ocorre o processo de produção, na sua dimensão prescritiva e como, no intervalo entre o prescrito e o real, configuram-se as renormalizações realizadas pelo trabalhador. Não obstante a vigência de princípios tayloristas de organização do trabalho, a prescrição não se realiza de modo pleno, observando-se que "o fazer de outra forma" mantém espaço, produzindo saberes práticos e, muitas vezes, tornando suportável a atividade de trabalho. |