Estudo da expressividade musical dialógica no rudepoema de Heitor Villa-Lobos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Böhler, Salete Maria Chiamulera
Orientador(a): Fialkow, Ney
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149027
Resumo: Este estudo da expressividade pesquisa a interpretação musical como uma construção dialógica, diálogo entre “duas consciências” próprias do dialogismo bakhtiniano. O expressivo em música como vivência dialógica considera o tempo, o espaço e o sentido de cada intérprete em uma posição cambiável de valor, expressão e vontade do autor pessoa ao autor criador como também autor contemplador da obra de arte. Este tempo/espaço, cronotopo, termo primeiramente usado por Bakhtin no estudo da obra de arte literária é aqui considerado como um cronotopo musical: tempo, espaço e sentido do intérprete em um diálogo com o Grande Tempo, a composição e seu contexto universal; demonstrando como o eu dialógico interage com o eu/eu e o eu/outro em uma atitude responsiva. Na composição Rudepoema está presente uma dialogia musical entre o compositor Villa-Lobos, “O Rabelais Brasileiro” e o pianista Arthur Rubinstein, a quem a obra foi dedicada. Os elementos musicais do Rudepoema foram analisados com títulos simbólicos como cronotopos Brasil, Carnaval, Arthur e da Teresa, com adjetivos sugestivos nos cronotopos da alegria, espontaneidade, virilidade e sensualidade; assim como as questões da colocação do pedal, inserção das fermatas, considerando-se ainda aspectos da recursão no processo da composição e suas implicações semânticas na expressividade da obra.