Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Brunelli, Natalia da Silva |
Orientador(a): |
Melo, Adriano Sanches |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276165
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Resumo: |
Um tópico de amplo interesse em estudos sobre ecossistemas aquáticos é a compreensão dos fatores que moldam os padrões de diversidade das comunidades de macroinvertebrados em riachos. Nesse contexto, utilizamos dados abertos disponíveis em repositórios de dados para investigar a riqueza, a raridade e a diversidade beta de macroinvertebrados aquáticos ao longo de um gradiente de tamanho de riachos dentro de diferentes bacias hidrográficas. Nossas hipóteses iniciais foram: i) a riqueza de espécies segue uma relação modal, atingindo seu pico em riachos de tamanho médio, ii) maior diversidade beta entre riachos de cabeceira do que entre riachos maiores e iii) maior raridade de espécies em riachos médios/grandes. A avaliação foi feita com dados de 10 estudos que englobaram 23 bacias hidrográficas e as hipóteses foram testadas por meio de Modelos Lineares Generalizados Mistos (GLMM). Os resultados revelaram que, em relação à riqueza de espécies, não foi observada relação modal, mas sim uma diminuição na riqueza com o aumento do tamanho do riacho. Quanto à diversidade beta, não houve variação consistente, apresentando apenas tendência de diminuição de diversidade beta conforme os tamanhos dos riachos aumentam. A proporção de espécies raras não apresentou variação significativa no gradiente de tamanho, apresentando somente leve diminuição conforme aumento no tamanho do riacho, tendência oposta ao esperado. Embora menos comum, alguns outros estudos também identificaram relação negativa entre riqueza de invertebrados e tamanho de riachos, destacando alguns fatores que podem contribuir para isso, tais como condições locais, recursos alimentares da zona ripária e a presença de espécies especialistas nas cabeceiras dos riachos. Além disso, as cabeceiras oferecem refúgio para diversas espécies. No que diz respeito à diversidade beta, a tendência de maior dissimilaridade entre riachos menores, ainda que fraca, pode ser explicada pela maior heterogeneidade de condições e isolamento dos riachos. Já a maior raridade de espécies em riachos menores pode ser explicada pela presença de espécies especialistas adaptadas às características específicas desses ambientes. |