Uso de fosfina e terra de diatomácea sobre características quali-quantitativas e sanitárias de grãos de milho (Zea mays L.) armazenados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lorscheiter, Rafael
Orientador(a): Dionello, Rafael Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248508
Resumo: Diversos métodos de controle são utilizados para minimizar as perdas ocasionadas por pragas no armazenamento de grãos de milho (Zea mays L.), com destaque para a fumigação com fosfina, mais utilizado, e a terra de diatomácea, que vem sendo importante como alternativa à necessidade de menor emprego de inseticidas químicos. Os objetivos deste trabalho foram verificar o efeito do uso de gás fosfina e duas doses de inseticida natural à base de terra de diatomácea sobre características físico-químicas, tecnológicas e sanitárias de grãos de milho armazenados em silos de alvenaria, em condições de temperatura ambiente. Grãos de milho da cultivar híbrida Morgan Power Core 30A77PW foram depositados em três silos de alvenaria com base circular com capacidade de armazenamento de 100 sacos cada. Foram estabelecidos três manejos de pragas: químico com fosfina (GASTOXIN® B57) e alternativo com terra de diatomácea (INSECTO®) nas doses de 500 e 1.000 g.t-1. As avaliações foram realizadas no início do experimento e 103, 194 e 286 dias após, sendo verificadas as características físico-químicas, tecnológicas e sanitárias dos grãos de milho. O uso de terra de diatomácea acarretou em menor teor de água e massa específica dos grãos em relação ao gás fosfina, e promoveu menor redução da massa específica dos grãos, em ambas as doses avaliadas (500 e 1.000 g.t-1), e do peso de mil grãos, na dose de 1.000 g.t-1. A maior dose de terra de diatomácea propiciou menor perda de peso por danos que os demais manejos. Grãos manejados com terra de diatomácea na dose de 1.000 g.t-1 apresentaram menor perda de peso por insetos, melhor avaliação de Tipo e grãos sem defeitos durante o armazenamento em relação aos outros manejos. O uso de terra de diatomácea reduziu o percentual de grãos de milho sem crescimento fúngico e a incidência fúngica dos gêneros Fusarium, Aspergillus e Penicillium durante o armazenamento. Grãos tratados com terra de diatomácea, em ambas as doses, apresentaram menores teores de extrato etéreo e maiores de acidez do extrato etéreo durante o armazenamento em relação à fosfina. Ficou demonstrado neste trabalho que o uso de produtos a base de terra de diatomácea, na dose de 1.000 g.t-1 apresenta resultados semelhantes ou melhores em relação à aplicação de fosfina nas propriedades físico-químicas, tecnológicas e sanitárias, constituindo alternativa viável para substituição de inseticidas químicos.