Efeitos do manejo agrícola na diversidade taxonômica e funcional de anuros : um caso de estudo na Pampa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castillo Peñarredonda, Cristian José
Orientador(a): Duarte, Leandro da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289677
Resumo: A intensificação do manejo agrícola são os principais fatores da perda da biodiversidade em paisagens agrícolas e, ao mesmo tempo, determinam os serviços ecossistêmicos. Para avaliar o impacto dessas atividades humanas, não é suficiente considerar apenas o número de espécies. É fundamental usar outras dimensões da diversidade, como a diversidade funcional baseada em características morfológicas, fisiológicas e comportamental dos organismos, que permite medir as mudanças na funcionalidade das comunidades nos agroecossistemas. Este estudo se focou nos anfíbios anuros, devido à sua alta sensibilidade às perturbações ambientais e às suas estratégias reprodutivas específicas, o que os torna um excelente modelo para avaliar os impactos da intensificação agrícola sobre a biodiversidade. O principal objetivo deste estudo foi comparar a diversidade taxonômica e funcional das comunidades de anuros em agroecossistemas convencionais e orgânicos em uma região do Pampa brasileiro. Também procuramos entender quais características do habitat, avaliadas em diferentes escalas espaciais, explicam os padrões de diversidade observados. Para isso, foram selecionadas 16 propriedades agrícolas, das quais sete eram agroecossistemas com manejo convencional e nove com manejo orgânico. Foram realizadas três amostragens durante a época de reprodução desses organismos, duas vezes na primavera (outubro e novembro de 2023) e uma vez durante o verão (março de 2024). Os anuros foram amostrados em açudes localizados dentro dos agroecossistemas selecionados. Os resultados mostram que os agroecossistemas orgânicos têm maior riqueza de espécies e diversidade funcional em comparação com os agroecossistemas convencionais. Além disso, foi observada uma interação significativa entre o tipo de manejo e a paisagem circundante: os agroecossistemas orgânicos, em combinação com áreas de floresta natural próximas, foram responsáveis pelos níveis mais altos de diversidade observados. Conclui-se que a integração de práticas agrícolas sustentáveis, como o manejo orgânico, juntamente com a conservação de elementos naturais da paisagem, como florestas e campos nativos, pode melhorar significativamente a diversidade funcional em agroecossistemas.