Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Aline Braido |
Orientador(a): |
Goldani, Marcelo Zubaran |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234905
|
Resumo: |
Introdução: A violência contra a mulher é reconhecida como um problema de saúde pública. A exposição à violência durante a gravidez pode causar complicações obstétricas maternas e fetais, mas, ainda não estão claros os mecanismos envolvidos nesta associação. Além disso, são escassos os estudos sobre a repercussão da violência contra a mulher na saúde e no desenvolvimento infantil. Objetivos: Estimar os efeitos da exposição à violência na gravidez sobre o peso ao nascer utilizando instrumentos validados e identificar as variáveis mediadoras entre a exposição e o desfecho. Estudar o impacto da exposição materna à violência na gestação e no pós-parto no desenvolvimento infantil e avaliar o possível papel mediador da violência e do estresse no pós-parto nessa associação. Método: A coorte do projeto de Impacto das variações do ambiente perinatal sobre a saúde do recém-nascido nos primeiros seis meses de vida. Coorte de nascimento, avaliou aspectos do desenvolvimento de recém-nascidos e violência pré e pós-gestacional em mulheres atendidas em três hospitais públicos de Porto Alegre e acompanhadas até o sexto mês do pós-parto, em Porto Alegre, entre 2011 e 2016. Foram quatrocentas mulheres entrevistadas na linha de base, foram investigadas as condições socioeconômicas, demográficas, hábitos de vida e cuidados de pré-natal, nascimento, violência, estresse percebido e outros fatores. A violência contra a mulher foi medida através da versão modificada da Abuse Assessment Screen, que avaliou violência psicológica, física e sexual. E o estresse materno, através da Escala de Estresse Percebido, foi avaliado na entrevista de um mês. Ambos os instrumentos foram aplicados no período pós-natal. Na entrevista de acompanhamento foram realizadas medidas antropométricas e investigados aspectos referentes ao desenvolvimento infantil. Resultados: A amostra foi composta por quatrocentas mulheres, na qual 225 sofreram violência, 56,3% da amostra. A violência materna associou-se com a variável tempo e crescimento no sexto mês de vida da prole. Na análise multivariável a violência gestacional não está associada aos domínios de violência entre os diferentes grupos da amostra e ao uso do álcool. Os tipos de violência sofrida na gestação não apresentaram diretamente associação com o crescimento da prole e estresse materno percebido. Na análise univariável os tipos de violência doméstica ocorrida na gestação não se relacionam com idade categorizada, situação conjugal, sexo da prole e aos grupos do estudo. Conclusões: Os achados sugerem que a violência sofrida na gestação e o estreese materno têm impacto no crescimento da prole. |