Os saberes desenvolvidos nas práticas em um hackerspace de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Burtet, Cecilia Gerhardt
Orientador(a): Antonello, Cláudia Simone
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/109016
Resumo: Na tentativa de compreender como os saberes são desenvolvidos nas práticas de um grupo em um hackerspace, este estudo parte da perspectiva da aprendizagem baseada em práticas pelo viés da abordagem teórico-metodológica da teoria atorrede para acompanhar a realização das atividades cotidianas de um coletivo em um hackerspace. Sem definições prévias estabelecidas acerca do conceito de hackerspace, o estudo tem como objetivo compreender como os saberes são desenvolvidos nas práticas de um grupo, em um hackerspace, e como são enactados pelas relações entre os diversos elementos heterogêneos da rede. Para isso, foi necessário, além da análise das práticas predominantes no cotidiano do coletivo, identificar e descrever – considerando humanos e não humanos de forma simétrica – como os processos de aprendizagem são engendrados nessas práticas, passando a constituir saberes. A fim de viabilizar a pesquisa, desenvolveu-se um estudo, orientado pela teoria ator-rede como método e lente de análise, entre os meses de dezembro de 2013 e setembro de 2014, em um hackerspace localizado em Porto Alegre, RS. Com o propósito de alcançar os objetivos formulados nesse trabalho, são descritas e analisadas as principais práticas predominantes na organização pesquisada e seus processos de aprendizagem, revelando que práticas, saberes e aprendizagem coexistem e se encontram imbricadas no constante organizar do coletivo. A incompletude de ser e as hibridizações enactadas nas práticas são discutidas posteriormente e denotam a agência dos não humanos, oriunda de arranjos momentaneamente estabelecidos entre os actantes da rede. A pesquisa revelou a complexidade dos saberes, que se encontram vinculados a um conjunto de práticas conectadas, uma vez que são constituídos por elas, ao mesmo tempo em que as constituem, sendo engendrados nas relações heterogêneas da rede.