Docências infames : a existência de relâmpagos artísticos em meio ao humanismo pedagógico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Anderson
Orientador(a): Bello, Samuel Edmundo Lopez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/253185
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar duas questões: 1. Uma que, a partir do dispositivo da existência humanista, pensa numa “Docência Humanista”, que quer salvar a todos ensinando "tudo a todos ao mesmo tempo" desde Comenius, e pensa também na possibilidade de uma "Docência Infame" que emerge de dentro dessa existência humanista, trilhando uma constituição histórica do humano, sujeito e adjetivo; 2. outra, que advém de um olhar sobre os corpos que compões a docência e que, na busca de "relâmpagos artísticos", analisa pistas e regularidades na linguagem matemática atrás de aproximações da Matemática com a Língua e volta até a "Matemática Retórica", pré-algébrica, a fim de compreender como se constituiu a codificação dessa Matemática Retórica, e como pode valer-se da matemática retórica através da História da Matemática e de ficções possíveis, para ensinar a "ler matemática" contemporaneamente. Para tanto, pensa com Foucault na "vida dos homens infames" e olha para a vida dos "Nós da Docência" como e a partir de uma composição dos “Eus da Tese”, recompostos em um Teseu em um labirinto. Para trilhar esse labirinto, toma como fio condutor a bibliografia de Hemingway, por acreditarem – tese e Teseu – que, assim como a relação do autor com o mar o levou a constituir-se e compor-se, a relação com a obra de Hemingway permite à pesquisa trilhar caminhos de amadurecimento que se fazem perceber ao longo da escrita, que se desvela, desnovela, e desfia revisando teoricamente Foucault e Nietzsche, tensionados por Courtine, Bakhtin, Eco e Saussure, e alimentados por Kierkegaard, Deleuze e Guattari enquanto olham para Comenius, Kant e Descartes. O uso de ferramentas teóricas de viés pós-estruturalista permite pensar noções como a Docência Humanista, a Docência Infame e a Retórica Matemática, que vieram a constituir e permitir os entremeios analíticos da pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida a partir de um movimento semiose hermética, buscando uma prática interpretativa do mundo e dos textos baseada na individuação das relações de simpatia. Buscando explorar a problemática que se apresenta, esta tese não nega os erros teórico-metodológicos ao longo da pesquisa, mas os ressalta enquanto a infâmia da infâmia.