A repercussão do suicídio de Getúlio Vargas e o processo de mitificação post-mortem no jornal Correio do Povo de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Dias, Bibiana Soldera
Orientador(a): Vargas, Anderson Zalewski
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70684
Resumo: Este trabalho analisa como foi a repercussão do suicídio do presidente Getúlio Vargas no jornal Correio do Povo de Porto Alegre na semana subseqüente ao fato acontecido na manhã do dia 24 de agosto de 1954. Este trabalho também estuda como se deu o processo de mitificação post-mortem de Getúlio Vargas, através da análise das reportagens, artigos, discursos e mensagens ―A pedido‖ publicadas no periódico em questão. Buscou-se uma metodologia adequada pra se trabalhar com as fontes e, sobretudo, uma teoria que abarcasse temas como: processo de mitificação e mito político, especificamente sobre o mito político Getúlio Vargas consolidado nacionalmente durante o Estado Novo, de 1937 a 1945, como atesta a historiografia. Destaca-se o episódio da morte trágica como o elemento que distingue o processo de mitificação post-mortem dos demais momentos de mitificação de Vargas. Outro importante aspecto deste trabalho são os discursos fúnebres publicados pelo jornal porto-alegrense: as falas de Osvaldo Aranha e João Goulart proferidas em frente ao esquife no dia do enterro do ex-presidente e a fala do deputado Rui Ramos proferida na Capital Federal no mesmo dia fatídico que o são-borjense pôs termo a própria vida. Ao longo dessas falas destacamos também a do ilustre morto que ecoava de sua carta testamento, usada como recurso retórico nas manifestações fúnebres. Além dessas falas destacam-se também a posição da UDN e da Igreja Católica, como instituições que não sacralizavam a figura de Vargas morto.