Alteridade e experiência estética : o olhar, o outro e o cinema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Hilgert, Ananda Vargas
Orientador(a): Fischer, Rosa Maria Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/107983
Resumo: Esta pesquisa trata das relações entre cinema, educação e alteridade, a partir da análise de um curso de cinema brasileiro para estrangeiros. O corpus empírico é constituído pelas produções textuais dos alunos sobre os filmes a que assistiram em aula, além de notas de campo escritas pelo professor-pesquisador. Tal material levanta questões sobre as relações de alunos estrangeiros com o cinema brasileiro, com os enfrentamentos diante do outro e as experiências ético-estéticas ali possíveis, provocadas pelo contato com filmes. Problematizam-se neste trabalho os conceitos de estrangeiro e alteridade. Com base especialmente em Carlos Skliar e Didi-Huberman, defende-se que a posição de ser outro está no olhar e na interação, especificamente aqui, entre os alunos, o professor e o cinema. Além disso, com Alain Badiou, traz-se também a ideia de que o próprio cinema exige a alteridade e coloca-nos em contato com o outro, o diferente, na condição também de uma experimentação filosófica. São relevantes na dissertação as elaborações de Gilles Deleuze sobre “cinema falsificante”, e de Ismail Xavier, sobre o “olhar sem corpo”, para problematizarmos a potência do cinema como desestabilizador do espectador. Tais situações de arrebatamento com o cinema são tratadas como experiências ético-estéticas; com Marilena Chauí, discutimos a possibilidade de relacionar tais situações com uma experiência do olhar, de saída e volta a si. Tais conceitos teóricos contribuíram para decidir sobre o recorte da pesquisa e sobre a criação de três categorias de análise, de modo a pensar que a relação dos alunos estrangeiros com o cinema brasileiro e que seus relatos e análises fílmicas contribuem para uma problematização emergente sobre o contato com o outro e a relevância de tal tema para o campo da educação.